A recuperação de pastagens degradadas no Cerrado e conversão para lavouras de soja convencional é objeto de conversas entre Instituto Soja Livre (ISL), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Uma reunião nessa semana, entre as entidades, tratou das demandas dos dois países em relação ao projeto que deve ser conduzido pelo Ministério da Agricultura (Mapa).
“O ministro (da Agricultura), Carlos Fávaro, esteve no Japão em julho e falou sobre cooperação para recuperação de pastagens degradadas. Então, nós viemos aqui para escutar quais são as necessidades em Mato Grosso”, explicou Noboyuku Kimura, coordenador sênior de Projetos da JICA.
O projeto, que deve ser uma cooperação técnica e financeira Brasil – Japão, já vislumbra uma recuperação potencial de até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas. Por causa da demanda japonesa por soja convencional, que é utilizada para consumo humano naquele país, o Instituto Soja Livre contribui com o fornecimento de dados e informações sobre o cultivo.
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“Poderemos contribuir muito com o projeto, não só cumprindo o objetivo de abertura de novos mercados, mas também com a questão da economia circular, adoção de bioinsumos, agricultura regenerativa e serviços ambientais de crédito de carbono que o Instituto tem projetado”, informou Eduardo Vaz, gerente executivo do ISL.
Kimura esclareceu que, no Japão, a soja não-transgênica é utilizada pra consumo humano e a transgênica para fazer ração para animais. “Por isso, também discutimos com o Instituto qual a perspectiva de produção para o próximo ano, quais são os problemas, para verificarmos com as tradings japonesas mostram interesse na soja brasileira e não ficarem dependentes da soja norte-americana”, disse.