As chuvas que beneficiaram o desenvolvimento do milho safrinha, em Mato Grosso, não foram registradas nas lavouras de algodão, pelo menos no decorrer de abril. Conforme dados reportados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as próximas semanas serão fundamentais para definir as condições da cultura no Estado.
A projeção para a produtividade no mês de abril/22 se manteve em 290,90@/ha em Mato Grosso, alta de 4,76% em relação à safra passada.
Como explicam os analistas, após um período de ótimas condições climáticas, que corroboraram para um cenário inicial otimista quanto às estimativas de rendimento da pluma no Estado, no último mês, a ausência de precipitações deixou os cotonicultores em alerta, uma vez que, se esse cenário se estender, a reserva de umidade do solo não será o suficiente para manter a produtividade atual em algumas regiões mato-grossenses.
Por outro lado, os dados do TempoCampo trazem uma perspectiva de precipitações para os próximos trinta dias, que, se consolidada, tendem a amenizar os riscos quanto à diminuição do rendimento da pluma em algumas localidades, visto que, as áreas com maiores riscos de serem comprometidas equivalem a 23% da área total estimada, uma vez que, foram semeadas fora da janela considerada ideal.
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PROJEÇÕES – Conforme a sétima estimativa da safra 2021/22 de algodão, em Mato Grosso, feita pelo Imea, não exibiu modificação quando comparada com o último relatório divulgado. Mesmo com o cenário de estiagem observado até o momento no Estado, que pode impactar diretamente na produtividade da fibra, os cotonicultores continuam otimistas quanto aos rendimentos, pois as perspectivas de precipitações para a primeira quinzena do mês de maio, que se consolidada, tendem a amenizar os riscos quanto à diminuição do rendimento da pluma, uma vez que, as áreas com maiores riscos de serem comprometidas, são as que foram semeadas fora das condições consideradas ideais para a cultura (cerca de 23%).
A estimativa da produtividade permanece em 290,90@/ha, alta de 4,76% em relação aos rendimentos da safra 2020/21. No que tange à projeção da área do algodão, essa se manteve em 1,12 milhão de hectares, alta de 16,13% quando comparada com a safra passada. “Esse incremento segue sendo sustentado pela valorização contínua no preço da pluma na Bolsa de Nova York, o que motivou o produtor mato-grossense a aumentar a área destinada ao cultivo do algodão. Assim, sem alterações na área e produtividade do algodão, a produção da safra 2021/22 permanece prevista em 4,87 milhões de toneladas de algodão em caroço e de 2,02 milhões de toneladas de pluma, alta de 21,66% e 20,82% frente à safra passada, respectivamente”.
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