O projeto Custo de Produção Agropecuário de Mato Grosso (CPA-MT), elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgou o novo relatório de custo de produção do algodão para a safra 2025/26. Nessa estimativa, o desembolso total por hectare pode passar de R$ 15 mil, cerca de 18% acima do registrado no ciclo passado. Somente o custo pós-produção deve disparar 104%.
Como explicam os analistas do Imea, em agosto deste ano o custeio do algodão ficou projetado em R$ 10.776,94/ha, incremento de 0,56% em relação à estimativa de julho, com destaque ao aumento de 0,65% nos custos com defensivos e 0,47% na classe de fertilizantes e corretivos.
“Quando comparado ao consolidado da safra 2024/25, o custeio está 12,27% superior, pautado não só pela maior despesa com as classes citadas anteriormente, mas também pelo custo de pós-produção 104,90% maior. Dessa forma, o custo operacional efetivo (COE), ficou projetado em R$ 15.407,20/ha, acréscimo de 0,23% no comparativo mensal e de 17,69% no anual, sendo o maior desde a safra 2022/23”, exclamam os analistas do Imea.
Os custos mais elevados e o atual patamar de preços são pontos de atenção para o cotonicultor neste momento de planejamento para o próximo ciclo, como adverte o Imea. Na semana passada, por exemplo, sustentado pela desvalorização do dólar, a paridade julho/26, apresentou um decréscimo de 1,36% no comparativo semanal, precificado na média R$ 128,66/@.
PROGRESSO – Até a última sexta-feira (19), a colheita do algodão, em Mato Grosso, atingiu 99,90% da área projetada, com a expectativa de conclusão dos trabalhos a campo para esta semana.
A NOVA SAFRA – A Conab divulgou a primeira estimativa para a safra 2025/26 de algodão no Brasil. De acordo com os dados apresentados, a área cultivada de algodão deve chegar a 2,16 milhões de ha, incremento de 3,54% em relação ao projetado para a safra 2024/25. O principal aumento de área projetado está na Bahia, que deve aumentar sua área em 35,00 mil ha, reforçando sua posição de segundo maior produtor nacional, atrás do Mato Grosso.
Já com relação à produtividade, a previsão é de que fique em 304,00 @/ha, redução de 2,74% no comparativo com a estimativa para a safra 2024/25, que é de 312,58 @/ha, até então recorde da série histórica da Companhia.
“Dessa maneira, a produção de algodão em caroço deve alcançar 9,85 milhões de toneladas, 0,70% acima do projetado para a safra 2024/25, sendo 4,09 milhões de toneladas de pluma, estabelecendo um novo recorde de produção nacional. Essas estimativas reforçam o cenário de que o Brasil deve se manter firme na produção de algodão, mantendo sua importância no abastecimento global do produto”, avaliam os analistas do Imea.
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