Dados atualizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que o Custo Operacional Efetivo (COE) para a produção de leite, em Mato Grosso, atingiu R$ 1,40 por litro em 2024, marcando um aumento de 11,62% em relação ao ano anterior. A variação preocupa os pecuaristas que já sofrem com a baixa rentabilidade do produto, já que a despesa aumenta acima da valorização do litro.
Como explicam os analistas, esse crescimento dos custos, em mais de dois dígitos, está relacionado principalmente ao aumento das despesas com impostos e taxas, manutenção e outros custos, que, juntos, representaram 28,63% do COE e apresentaram elevações expressivas: 40,36%, 70,76% e 89,37%, respectivamente.
Em paralelo, o preço médio do leite pago ao produtor mato-grossense subiu para R$ 2,17 por litro, um aumento de 3,43% em comparação com 2023. “No entanto, apesar dessa elevação no preço de venda, o aumento mais acentuado nos custos resultou em uma diminuição de 8,80% na margem do pecuarista de leite, que ficou em R$ 0,77 por litro no ano”, alertam os analistas.
A margem do Custo Operacional Total (COT), que considera todos os custos de produção, foi negativa, com uma perda de R$ 0,21 por litro. “Isso significa que, no longo prazo, o produtor de leite enfrentará dificuldades para repor seus bens depreciados, o que pode impactar negativamente a sustentabilidade financeira do setor”.
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