Dados analisados pelos Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontam para a valorização da saca no milho, alta essa sustentada pela demanda interna que segue aquecida.
Como explicam os analistas, na semana encerrada em 26 de setembro, o indicador de diferencial de base do preço do milho entre Mato Grosso e a bolsa de Chicago – a CME-Group -recuou 3,81% ante a semana anterior, fechando a média em R$ -8,76/sc. “A queda foi influenciada pela valorização no preço do milho no estado, que aumentou 0,52% em relação à semana anterior, alcançando R$ 44,50/sc, sustentado pelo mercado interno, onde a demanda das indústrias permanece aquecida”.
Em Chicago, por sua vez, as cotações permaneceram relativamente estáveis no período avaliado – entre de 22/09 a 26/09 -, registrando queda de 0,28%, encerrando na média de R$ 53,26/sc.
“O movimento reflete a cautela do mercado diante da projeção da produção, em meio à possibilidade de corte de produtividade com o decorrer da colheita, aliado a queda nas condições das lavouras. Por fim, para as próximas semanas, o mercado deve manter o foco nos dados do USDA, acompanhando o progresso das lavouras nos EUA, fatores que podem direcionar o comportamento das cotações”, completa o Imea.
NOVA SAFRA – De acordo com a Conab, na última semana a semeadura da primeira safra 2025/26 de milho no Brasil alcançou 20,80% da área estimada. Com isso, a semeadura apresentou avanço semanal de 6,10 pontos percentuais (p.p.), enquanto ao mesmo período da safra 2024/25, os trabalhos estão 4,60 p.p à frente e 2,60 p.p. acima da média das últimas cinco safras.
O maior ritmo foi impulsionado pelo progresso na semeadura no Sul do país, com destaque para o Paraná (+20,00 p.p.), Santa Catarina (+20,00 p.p.) e Rio Grande do Sul (+13,00 p.p.). Até 20/09, a semeadura atingiu 44% no PR, 35% em SC e 660% no RS. O desempenho mais acelerado decorre das condições climáticas favoráveis nessas regiões, onde as chuvas recentes garantiram boa umidade no solo para o início das operações. Apesar do adiantamento, apenas esses três estados iniciaram os trabalhos, que juntos representam 36,18% da área nacional projetada para a primeira safra. Por fim, nas próximas semanas, o NOAA prevê precipitações entre 35 e 75 mm na região Sul, o que tende a favorecer o desenvolvimento das áreas.
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