O cenário atual da pecuária brasileira tem se tornado um verdadeiro desafio. O preço da arroba caiu significativamente em 2023, muito em função do ciclo do período (conhecido como ciclo pecuário), e os valores estão próximos aos patamares de 2019 e 2020, comercializada atualmente com média Brasil de R$ 200,00@ e a de Mato Grosso, R$ 173,00@. Por outro lado, os custos já não diminuíram no mesmo patamar.
Com isso, o pecuarista precisa ser mais eficiente em seu sistema de produção para não ficar no vermelho e amargar prejuízos. Segundo o doutor em zootecnia, Thiago Trento, pesquisador de Pecuária de Corte da Fundação MT, o produtor precisa ter conhecimento de como melhor fazer a gestão do pasto, fazer contas e planejamento, saber quando é melhor comprar e vender bezerro, e outras operações fundamentais para a atividade. “Informações sobre o mercado, manejo, suplementação, sustentabilidade e outros assuntos, que são peças-chave para alcançar a eficiência que ele precisa ter para lucrar mesmo em momento de baixa no valor da arroba”, diz.
Alerta de onda de calor muda rotina no campo e exige cuidados extras dos pecuaristas
Vale lembrar que a eficiência da porteira para dentro é imperativa para os resultados do agro mato-grossense. Mato Grosso lidera o rebanho bovino com 34,2 milhões de cabeças, ou 14,6% do efetivo nacional. Os dados constam da Pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2022 divulgada, na última quinta-feira (21), pelo IBGE. A pesquisa englobou os efetivos da pecuária dos municípios, dados da produção de origem animal e o valor referentes a 2022.
Em seguida veio o Pará (10,6%) ultrapassando Goiás (10,4%). No ranking municipal, São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança, alcançando 2,5 milhões de cabeças.
O rebanho bovino brasileiro alcançou novo recorde de 234,4 milhões de animais, em 2022, com alta de 4,3% em relação ao ano anterior.