Desde o início de janeiro, pesquisadores da Embrapa Sinop, identificaram e vêm acompanhado episódios de quebramento da haste e acamamento de plantas, em estágios mais avançados, em algumas lavouras de soja em Mato Grosso. A partir daí, uma metodologia de coleta e análise foi definida para padronização dos dados e trabalhos de isolamento de patógenos estão sendo feitos em laboratório.
De acordo com os pesquisadores, o problema é pontual em lavouras da região médio norte do Estado e aparece nos estádios finais da lavoura, a partir de R6, quando os grãos terminam de encher. No local do quebramento há escurecimento do interior da haste, porém, ainda não se sabe se os microrganismos ali presentes são a causa do quebramento ou se são uma consequência.
Para obter maior amostra de informações e de forma padronizada, uma metodologia foi definida pela equipe da Embrapa Agrossilvipastoril e enviada para pesquisadores e consultores que possuem ensaios de cultivares em andamento. Como o problema é novo, para que possa ser observado já nesta safra é necessária a utilização de experimentos que já estavam instalados. Projeto de pesquisa específico para o problema precisa ser elaborado para que possa ser executado na próxima safra.
Pela metodologia, a avaliação deve ser feita em estádio R7, escolhendo-se uma linha onde há o quebramento e fazendo a contagem de plantas danificadas em dois metros lineares. O nível de tombamento é calculado pelo percentual de plantas quebradas. Além disso, deve-se analisar o escurecimento da haste.
Além das informações observadas em campo, são coletadas informações sobre cultivares, hábito de crescimento, data de semeadura, manejo de fungicidas, entre outras.
As informações coletadas a campo serão cruzadas com o resultado do isolamento dos microrganismos feito em laboratório. Porém, para que se chegue a um diagnóstico, é preciso que os mesmos sintomas sejam reproduzidos em ambiente controlados, o que leva tempo e depende de recursos financeiros e de pessoal.
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APODRECIMENTO DA VAGEM – Além do problema da quebra de haste, pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras estão trabalhando na identificação da causa da podridão da vagem da soja. O problema foi identificado pela primeira vez no início de 2020 e teve grande abrangência nesta safra 2021/22, também na região médio norte de Mato Grosso.
Pesquisadores da Embrapa Soja e da Embrapa Agrossilvipastoril fizeram visitas às lavouras com o problema, coletaram amostras e definiram uma metodologia de coleta e registro de informações. Essa metodologia foi enviada para pesquisadores de outras instituições, para consultores, agricultores e entidades de classe como sindicato rural e associação de produtores.
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