O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou, ontem (1º), os resultados da pesquisa “Mão de Obra: Um desafio para os produtores rurais em Mato Grosso”. A pesquisa revela que 70,66% dos produtores enfrentam alta dificuldade na contratação de novos funcionários, com apenas 9,18% relatando baixa dificuldade. A demanda mais urgente concentra-se em operadores de máquinas (36,99%), vaqueiros (20,66%) e profissionais de campo (10,71%), evidenciando uma carência significativa de mão de obra qualificada.
O evento de divulgação foi realizado no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e conduzido pelo superintendente do Imea, Cleiton Gauer.
“Esse estudo revela um panorama sobre a realidade da mão de obra nas propriedades rurais mato-grossenses, expondo os principais obstáculos que os produtores enfrentam na busca por profissionais capacitados”, enfatizou Cleiton Gauer.
O estudo foi desenvolvido pelo Imea em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e baseou-se em entrevistas realizadas com 392 produtores rurais de 94 municípios mato-grossenses. Dos entrevistados, 50,51% têm a agricultura como principal atividade, 35,46% são focados na pecuária e 14,03% não definem uma atividade predominante.
“Esta ferramenta que estamos apresentando hoje é de fundamental importância para nós. Ao entendermos essa realidade do setor agropecuário, podemos agir de forma mais eficaz para resolver problemas e planejar estrategicamente. Não podemos operar no escuro; é por isso que esta iniciativa é tão significativa. Estou realmente satisfeito com este passo importante que estamos dando para melhorar a eficiência do nosso setor”, o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.
O gerente da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Bruno Farias, que destacou a importância desse estudo para o planejamento estratégico do braço educacional do Sistema Famato – o Senar. “Hoje, mediante esses números que a gente buscou, juntamente com o Imea, nós já estamos trabalhando em ampliar e melhorar cada vez mais os nossos cursos, as nossas capacitações técnicas, profissionalizar nossa mão de obra e oferecer também a assistência técnica aos nossos produtores para atender essa demanda que vem do campo”.