O esmagamento da safra de soja, em Mato Grosso, em março, atingiu novo recorde para o mês, apontam dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O volume processado alcançou 1,15 milhão de toneladas da oleaginosa no estado, alta de 10,31% em relação a fevereiro/24 e 10,97% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Analisando o acumulado do ano neste primeiro trimestre – de janeiro a março – o esmagamento chegou a 3,13 milhões de toneladas, aumento de 11,21% em relação ao mesmo período de 2023.
“Esse cenário está atrelado à ampliação na capacidade estática das indústrias e à abertura de novas processadoras. Além disso, a maior demanda pelos subprodutos tem impulsionado o ritmo nas indústrias neste ano, principalmente o farelo com destino às exportações e o óleo para o consumo interno. Por fim, apesar do grande volume processado no mês, quando analisada a margem bruta das indústrias, o indicador apresentou recuo de 36,76% em relação ao mês anterior, ficando estimado em R$ 304,88/t”, explicam os analistas.
MOVIMENTO – Segundo o Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias, as despesas para a produção da safra 2024/25 exibiram queda em março/24. Desse modo, o custeio da temporada ficou projetado em R$ 4.098,87/ha, retração de 1,25% ante o mês anterior, puxada pela desvalorização de 2,54% nos preços dos fertilizantes e corretivos.
Em relação ao Custo Operacional Efetivo (COE), esse ficou estimado em R$ 5,627,92/ha, queda mensal de 1,11%, já o Custo Operacional Total (COT) apresentou recuo de 1,00% em relação à estimativa de fevereiro/24, projetado em R$ 6.233,75/ha. “Apesar de os custos apresentarem reduções em março, quando analisado o Ponto de Equilíbrio (PE) para a safra em sacas, nota-se que o produtor do estado terá que produzir na próxima temporada no mínimo 57,09 sc/ha para conseguir cobrir o COE e para o COT a necessidade é de pelo menos 63,24 sc/ha. Por fim, com o atual cenário, as atenções seguem em relação ao investimento dos produtores para a próxima safra, vistas as dificuldades de preços baixos, custos altos e margens apertadas”.