Na última semana, o Brasil registrou o maior ataque cibernético contra seu sistema financeiro. Hackers desviaram centenas de milhões de reais por meio da empresa de tecnologia C&M Software, que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro do Banco Central, incluindo o pix.
Para o especialista em cibersegurança da Faculdade de Tecnologia do Senai (Fatec Senai), Ricardo Germano, este caso serve de alerta para empresas e instituições e evidencia a falta de profissionais especializados.
“Esse tipo de incidente mostra o quanto a gestão da segurança digital precisa estar no centro das decisões estratégicas. Não se trata apenas de tecnologia, mas de prontidão, resposta rápida, mitigação de danos e resiliência organizacional”, destaca o especialista.
Além de disputados pelo mercado, os profissionais especializados são bem remunerados, com média salarial de R$ 9.417,52 no Brasil.
No cenário nacional, a demanda por profissionais com formação relacionada à segurança da informação chega a 28.803 até 2027. Hoje, há apenas 12 mil pessoas com essa qualificação registradas.
Em Mato Grosso, a necessidade é de, ao menos, 200 profissionais. Destas vagas, apenas 40 estão preenchidas. O setor de serviços concentra a maior demanda, com 71% (142), seguido de adm. pública 18% (36), indústria 6% (13) e agropecuária 4% (9).
Os dados são do Observatório de Mato Grosso, que analisou a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, disponível no Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027.
O especialista enfatiza que a gestão de incidentes em cibersegurança é uma exigência de sobrevivência em qualquer setor. Esse é o foco do MBA em Cibersegurança e Governança em Tecnologias da Informação, que está com matrículas abertas na Fatec Senai.
“Toda organização precisa saber o que fazer antes, durante e depois de um ataque. Ter profissionais treinados para isso é o que define se a empresa vai sobreviver ou desaparecer depois de um vazamento”, avalia.
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