Depois de analisar 117 amostras, sendo o último lote de 37 delas, está descartada a presença da gripe aviária, em Mato Grosso, conforme anunciou ontem o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT). O órgão se manifestou após os resultados dos exames realizados em aves darem negativos para influenza aviária de alta patogenicidade.
A checagem ocorre após notificação de suspeita de influenza aviária nas cidades de Acorizal, Lucas do Rio Verde e Tapurah. As coletas foram feitas na semana passada e analisadas em laboratório de São Paulo.
O Indea/MT informa ainda que, em especial do município de Lucas do Rio Verde, estão sendo feitas novas análises complementares, a pedido do Ministério.
Mesmo com casos negativos, o Indea segue realizando a intensificação de ações de vigilância da influenza aviária, visando a proteção da sanidade do plantel avícola do Estado, que hoje gera 4 mil empregos e conta com 304 granjas em 31 municípios, e cerca de 55 milhões de aves. Mais de 80 casos suspeitos de já foram investigados e descartados.
PREVENTIVA – No começo desse mês, Mato Grosso, atendendo a uma recomendação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), declarou, através do decreto nº 412, emergência zoossanitária por um período de 180 dias, em virtude dos casos de gripe aviária detectados em animais silvestres e domésticos no Brasil.
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O decreto estadual, conforme explica a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), Emanuele Almeida, é uma ação para facilitar que os estados acessem recursos da União para conter o avanço da gripe aviária no território nacional. “Nós desde o início estamos adotando medidas preventivas, tais como, vigilância direcionada as propriedades de maior risco para influenza aviária, realização de palestras para criadores de aves de subsistência e avicultores, reuniões com representantes da avicultura e vigiando a nossa fronteira, para monitorar as aves silvestres e de fundo de quintal. Estamos atentos a essa doença e alertando sobre como identificar caso algum animal apresente as características da gripe aviária”, explica a presidente.
Ela acrescenta ainda que a gripe aviária H5N1 tem circulado pelo mundo há mais de 20 anos, sendo as aves migratórias as principais disseminadoras da doença.