A pandemia do coronavírus deve impactar exportações no primeiro semestre do ano. Commodities agrícolas, no entanto, serão menos afetadas e podem ter recuperação rápida no segundo semestre. Tal ato se dá devido à compra de alimentos para repor estoques de países atingidos pela proliferação do vírus.
O boletim da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que não houve interrupção de importações chinesas de bens agropecuários brasileiros durante o primeiro período da pandemia do coronavírus. Pelo contrário, o que houve foi o aumento de 9,7% no comércio de grãos, óleos e alimentos no país entre janeiro e fevereiro.
Ainda assim é necessária uma análise mais ampla dos rumos que podem ser tomados, a depender da duração da pandemia, sua gravidade e medidas tomadas para combatê-la.
O que se sabe, por hora, é que a pandemia já reduziu significantemente as previsões de crescimento dos principais compradores de exportações brasileiras. Analistas preveem que o crescimento chinês deve cair de 6% para 2%, e o PIB dos Estados Unidos deve ter queda de 0,7%.