As vendas externas do agro mato-grossense fecharam o primeiro quadrimestre de 2024 com queda de 13,6% na comparação com igual momento do ano passado. De janeiro a abril deste ano, as exportações somaram US$ 9,72 bilhões contra US$ 11,25 bilhões contabilizados em 2023.
Apesar da retração, Mato Grosso segue liderando o ranking dos maiores exportadores do país, respondendo por 18,6% de tudo que a pauta nacional movimentou no período. São Paulo com US$ 9,37 bilhões é o segundo maior exportador.
O complexo soja responde por pouco mais de US$ 6,3 bilhões do total negociado pela pauta estadual., conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.
CONTRASTE – Enquanto as exportações do agro mato-grossense contabilizam perdas anuais, tanto em quantidade física, quanto em faturamento, o Brasil fechou o período com novo recorde.
No primeiro quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica a expansão em valor, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,8%, enquanto o índice de preço caiu 9,6%.
Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões); carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões) e açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões). A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.
Segundo os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana, carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.
Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das exportações do setor. O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas, com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica.
A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.