De janeiro a março de 2024, as exportações mato-grossenses do agronegócio somaram US$ 6,79 bilhões. O faturamento deste primeiro trimestre do ano revela que o ritmo estadual está aquém do registrado em igual período do ano passado, cedendo a liderança do setor para o estado de São Paulo, cujo faturamento foi de US$ 6,80.
No primeiro trimestre do ano passado, por exemplo, Mato Grosso contabilizava US$ 8,10 bilhões no faturamento e São Paulo pouco mais de US$ 5,77 bilhões.
Mato Grosso, que é o maior produtor nacional de grãos e algodão, e ainda detém o maior rebanho comercial do Brasil, teve em março, o melhor momento do ano em faturamento da pauta exportadora. Foram contabilizados negócios de US$ 2,56 bilhões. Em fevereiro, US$ 2,36 bilhões e em janeiro, US$ 1,85 bilhão. Na comparação anual, o estado registra queda de 16% na receita originada com as exportações.
No Brasil, as exportações do agronegócio somaram US$ 37,44 bilhões, recorde para o período, representando um crescimento de 4,4% em relação aos US$ 35,85 bilhões exportados entre janeiro e março de 2023.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), esse aumento em valor reflete a expansão na quantidade embarcada, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,6%, compensando a queda no índice de preços, que foi de 8,8%.
O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período, um pouco acima dos 47,3% observados no primeiro trimestre de 2023.
Nestes três meses, a balança foi puxada, principalmente, pelo aumento nas vendas externas de açúcar (+US$ 2,52 bilhões), algodão (+US$ 997,41 milhões) e café verde (+US$ 563,64 milhões), principais responsáveis pelo incremento das exportações brasileiras. O bom resultado nas vendas desses produtos compensou a queda nas exportações de milho (-US$ 1,2 bilhão); soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões).