Saldo positivo para as exportações de Mato Grosso no primeiro semestre de 2016. A receita gerada foi de US$ 8,21 bilhões, crescimento anual de 25,46% sobre os US$ 6,54 bilhões contabilizados nos seis primeiros meses do ano passado.
A soja e o milho é que são os heróis com grande responsável pelo fluxo dos embarques e pelo faturamento. As duas commodities juntas responderam de janeiro a junho, por mais de 71,4% da arrecadação.
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MICS), o milho, mesmo ainda em período de entressafra no Estado, manteve trajetória ascendente e fechou o primeiro semestre com alta de 112,14% em relação ao mesmo período do ano passado, suprindo a demanda do mercado internacional. De janeiro a junho foram exportados US$ 1,20 bilhão ante US$ 570,06 milhão, cifras atuais que equivalem à movimentação de 7,26 milhões de toneladas do cereal da safra 2015. O volume físico embarcado mais que dobrou, no mesmo período do ano passado haviam sido enviados 3,04 milhões de toneladas. Com essa demanda, o cereal deixou de participar com pouco mais de 8% para representar 14,72% de toda a receita da pauta estadual.
A soja, com participação de 56,70% no total exportado até junho, encerrou o primeiro semestre com receita de US$ 4,65 bilhões, 23,66% mais que os US$ 3,76 bilhões faturados em igual momento de 2015. De lá para cá o volume físico movimentado também aumentou, passou de 9,65 milhões de toneladas para 12,94 milhões.
Na comparação mensal, o resultado isolado do mês de junho, US$ 1,31 bilhão, é 11,48% menor em relação ao mesmo mês do ano passado e o menor resultado dos últimos quatro meses de 2016, o que pode ser um reflexo da valorização do real sobre o dólar.
O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, avalia que a queda de 18,6% do dólar no primeiro semestre não deverá afetar as exportações brasileiras este ano. Segundo ele, a cotação continua atrativa para os exportadores, e a maioria dos contratos comerciais é fechada com meses de antecedência, sendo o ato de exportar apenas a confirmação do negócio que foi firmado lá atrás.