A falta de regularidade e intensidade das chuvas em Mato Grosso preocupa os produtores rurais. Até o momento, a quantidade e frequência são menores do que o esperado. Além disso, a escolha de cultivares super precoces, está diminuindo o potencial produtivo, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Tais fatores contribuem para a mudança na estimativa para a safra de soja 2020/2021. A área de plantio da oleaginosa deve ocupar 10,3 milhões de hectares, conforme já previsto anteriormente.
Para concluir o plantio da soja falta apenas 0,35%. A estimativa desse ano é que seja plantado 3,18% a mais do que a safra 2019/20 que foi de 9,9 milhões de hectares.
Na região oeste de Mato Grosso, por exemplo, importante local de produção de algodão segunda safra, os agricultores semearam a soja mais cedo (como de costume, para ajustar a janela de cultivo do algodão) e a condição atual das lavouras indica que a safra pode ser menor que o previsto, afirma o Imea..
"As regiões centro-sul, parte do médio-norte, sudeste, noroeste e oeste estão com maior percentual de replantio da soja. Algumas áreas serão mantidas com estande de plantas abaixo do ideal, ou seja, sem replantio, e possuem maiores chances de redução de produtividade", avalia o instituto.
Perspectivas
Diante desse cenário, a estimativa de produtividade no estado foi reduzida em 0,61 sacas por hectare, ou 1,06%, passando a ser avaliada agora em 57,41 sacas por hectare. Em novembro a produtividade era estimada em 58,03 sacas. Em 2019/2020 foi de 59,09 sacas por hectare na média.
Já a produção foi ajustada para 35,49 milhões de toneladas na estimativa de dezembro. Em novembro a perspectiva era de uma produção de 35,8 milhões de toneladas. A safra 2020/2021 continua sendo projetada um pouco maior que a temporada 2019/2020 (35,40 milhões de toneladas).