A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) promoveu reunião com todos os agentes envolvidos na liberação de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). A agenda foi provocada pelo presidente, Normando Corral, tendo em vista a grande demanda de recursos para a região. O encontro aconteceu na sede da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), em Brasília/DF.
“Nosso objetivo com este encontro foi dialogar com todos, melhorar a comunicação e o entendimento sobre o acesso e a distribuição dos recursos do FCO”, destacou Normando Corral.
Para 2022, a programação de repasse do FCO será de R$ 9,7 bilhões. Segundo informações do Banco do Brasil, em dezembro de 2021 foram liberados R$ 134,6 milhões e de 1º de janeiro até abril de 2022 já foram disponibilizados R$ 162,8 milhões para a região. Para as cooperativas de crédito a reserva do Fundo está em R$ 971,9 milhões e para os demais bancos a previsão é de outros R$ 486 milhões.
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Na oportunidade foram avaliados os impactos da Portaria 3.025, de 02/12/2021, que suspendeu os repasses do fundo para o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) no ano passado. Em fevereiro deste ano, o governo federal decidiu retomar a liberação nas novas operações para o Banco do Brasil nas condições dos contratos já vigentes para o MDR.
Normando Corral reforçou sobre a importância econômica da atividade agropecuária no Centro-Oeste e suas características. “O Valor Bruto da Produção (VBP) da atividade agropecuária no Brasil soma R$ 1,2 trilhão. Um terço deste montante é oriundo do Centro-Oeste e metade deste valor é gerada em Mato Grosso por conta da extensão territorial e forte vocação agropecuária. O FCO é um Fundo que volta para a sociedade, pois nossa produção primária gera renda e emprego direto e indireto”, exemplificou o dirigente.
Ao final da reunião ficou acordado que o MDR e a Sudeco buscarão formular melhorias nas políticas públicas de repasse do FCO. Participaram do encontro o superintendente do Sudeco, Nelson Fraga, e representantes do MDR, Bando do Brasil, OCB, CNA, Sicoob, Sicredi e das Federações de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Distrito Federal (Fape/DF).
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