No último dia 23 de março, o diretor da Fábrica de Biodiesel da Fiagril, Pedro Granja, participou no Palácio do Planalto, em Brasília, do ato da presidente da República que sancionou a lei que aumenta a mistura do biodiesel no óleo diesel vendido no país.
Para Pedro, que é presidente da Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e vice-presidente Administrativo da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), esse momento foi um marco para a história do biodiesel, onde possibilitou encontrar no setor uma previsibilidade de projeção de mistura e consequentemente, uma oportunidade de plano estratégico de crescimento para as indústrias, amparadas por lei.
Pelo texto da Câmara, que já havia tramitado no Senado, o índice de biodiesel no diesel passará dos atuais 7% para 8% até 2017; 9%, até 2018; e 10%, até 2019. Ainda conforme o projeto, o percentual poderá alcançar 15% nos anos seguintes, desde que sejam feitos testes em motores e haja aprovação do Conselho Nacional de Política Energética.
O projeto ainda prevê que a adição de biodiesel superior a esses percentuais será facultativa, assim como a adoção da mistura nos transportes público, ferroviário, de navegação, em equipamentos e veículos destinados à extração mineral e à geração de energia elétrica, em tratores e em aparelhos que puxem máquinas agrícolas.
Biodiesel
O biodiesel atualmente possui como a maior fonte de matéria prima o óleo de soja onde 77% da produção brasileira é gerada a partir deste grão, porém também pode ser extraído de fontes como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim e pinhão manso. Conforme o Ministério de Minas e Energia, esse tipo de combustível, capaz de reduzir a poluição ambiental, é biodegradável e renovável.
Além disso, diz a pasta, entre 2007 — quando o governo lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) — e 2014, foram economizados US$ 5,3 bilhões com a importação de óleo diesel.
A lei foi aprovada na Câmara dos Deputados no início deste mês.