Uma conjuntura favorável está beneficiando a safra 2021/22 de soja em Mato Grosso. Fatores externos aliados à iniciativas locais poderão ofertar ao mercado mais de 39,48 milhões de toneladas (t), volume que se confirmado será um novo recorde dentro da série histórica estadual.
Dados atualizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que a estimativa de área de soja registrou aumento de 4,31% com relação à safra anterior em Mato Grosso. “Com a valorização dos preços, a alta demanda externa e o cenário favorável para o cultivo da oleaginosa, o novo levantamento do Instituto revisou a área de plantio em 10,92 milhões de hectares no Estado”, explicam os analistas.
Dentre as regiões de MT que apresentam incremento de área no comparativo anual, a nordeste (+2,22) se destaca em função do aumento da conversão de áreas de pastagens em agricultura. Em outras palavras, a soja está ocupando mais espaço, porém, sem a necessidade de abertura de novas áreas, pois está havendo o reaproveitamento de superfícies utilizadas anteriormente pela pecuária.
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Em relação à produtividade, os analistas chamam à atenção que apesar dos reportes pontuais de alta umidade observada em algumas regiões do Estado, ainda assim, os registros das lavouras em condições boas e excelentes indicam um aumento dos rendimentos em 4,97% com relação à safra 2020/21, fechando na média de 60,27 sacas por hectare.
MERCADO – A comercialização da safra 2020/21 prosseguiu em ritmo lento, exibindo avanço de 0,46 pontos percentuais (p.p.) no último mês, em função da baixa disponibilidade da safra, com 99,29% da produção negociada.
Dentre as regiões, apenas a centro-sul, médio-norte e sudeste ainda não finalizaram seu ciclo de comercialização, e com relação ao preço médio comercializado, houve uma alta de 7,19% no comparativo mensal (R$ 160,22/sc).
Da safra 2021/22, 55,23% da produção foram negociadas, com o maior movimento no mercado ocorrendo em função da valorização dos contratos da soja na Bolsa de Chicago no mês de janeiro, em meio às preocupações com o clima na América do Sul. “O preço médio negociado exibiu alta de 2,93% no comparativo mensal (R$ 162,32/sc). Temos registros ainda de negociações da safra 2022/23, cuja venda atinge 12,27% da produção, e assim como na 2021/22, o incremento de 1,47% no preço médio negociado (R$ 153,85/sc) impulsionou o avanço das vendas em 3,47 p.p. nos mês passado”.
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