A inclusão de novas atividades da suinocultura no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder) atende a pedido feito pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e recentemente atendido pelo Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (Condeprodemat).
Para a Acrismat, a medida alcançará maior número de produtores e é essencial para diminuir os prejuízos que o setor sofre há quase dois anos. “São medidas de mitigamento da crise nas atividades de: abate, engorda, reprodução, cria e recria que também serão atendidas”, reforça a entidade.
Em março do ano passado, em um dos momentos mais críticos da crise no setor, de acordo com levantamento realizado pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) apontou que os produtores arcaram com prejuízos de até R$ 300 por animal vendido. Em média, os produtores receberam R$ 4,40 por quilo do animal, enquanto para produzir a mesma quantidade da proteína o produtor precisava desembolsar algo em torno de R$ 6,90. Com isso, a venda de um animal de 120 kg, resultava em um prejuízo de aproximadamente R$ 300 por animal.
O presidente da Acrismat, Frederico Tannure Filho, comemorou a mudança e lembrou que a pauta é um pleito antigo da Associação e que visa melhorar a competitividade da atividade no mercado. “Sofremos muito nos últimos meses por conta do alto custo de produção na suinocultura, principalmente pela alta nos preços do milho e farelo de soja, principais insumos da atividade e pelo baixo preço pago ao produtor pelo quilo do animal. Agora, com a inclusão de novas finalidades da atividade no Proder, produtores de outras áreas da suinocultura serão contemplados e ganharão um fôlego nas contas para continuarem produzindo alimento”, pontuou.
O suinocultor e presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, que foi presidente da Acrismat até o final do ano passado e acompanhou de perto a crise no setor e as tratativas com o governo para a concessão desse benefício, agradeceu o empenho de toda a equipe da Associação e o entendimento do poder executivo da importância dessa alteração.
“O governo atendeu essa demanda do setor e mostra que entende a importância da suinocultura para a economia do Estado, que faz parte da cadeia produtiva e gera empregos e renda para a nossa população. Agora os produtores que se enquadram nessas finalidades podem procurar a Acrismat para receberem orientação e terem acesso a este benefício”, explicou.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e presidente do Condeprodemat, César Miranda, a proposta é incentivar para que o setor continue produzindo. “Com essas alterações, nós conseguimos dar melhores condições de trabalho para os produtores de suínos e manter a competitividade dentro e fora do Estado”.
A proposta, como reforçou Miranda, é reduzir os impactos negativos vividos pelo setor em razão do aumento das matérias-primas essenciais para a ração animal. Até então, o incentivo era concedido apenas na atividade abate. Com as mudanças, incluiu também as atividades de engorda, reprodução, cria e recria.