O setor de base florestal brasileiro terá uma certificação de origem dos produtos atestado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esta iniciativa do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional de Base Florestal (FNBF) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) vai beneficiar não somente o segmento no estado, mas de todo o país com a sistematização do processo de rastreabilidade.
O presidente da Fiemt, Silvio Rangel, junto com o presidente do Cipem, Ednei Blasius, e do FNBF, Frank Rogieri, se reuniram com o presidente da ABNT para dar seguimento às tratativas sobre esse contrato. Em abril deve ser realizado um evento em Cuiabá para o lançamento oficial da certificação.
Conforme o presidente da Fiemt, durante a Conferência do Clima (COP) realizada este ano em Dubai, a ABNT lançou a norma técnica 1020 com as normas e regras para o setor. Agora será criado um selo de certificação para as empresas que atendem a essas normas.
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Durante o encontro, o presidente do Cipem, Ednei Blasius explicou que a madeira de Mato Grosso cumpre um rigoroso processo de rastreabilidade, que é garantido pelo sistema de cadeia de custódia. Este sistema é utilizado pelo setor de base florestal do Estado e tem como objetivo controlar e certificar a origem da madeira nativa, desde a floresta até o consumidor final. Ainda utiliza ferramentas como o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0) e o Documento de Origem Florestal (DOF+ Rastreabilidade), que são, respectivamente, estaduais e federais.
“Trabalhamos para ampliar a comercialização dos produtos florestais e acreditamos que com o documento da ABNT, além de somar a confiabilidade e segurança à madeira do Estado, o certificado irá tornar a madeira mato-grossense mais competitiva com produtos em conformidade às normas técnicas”, destacou o presidente do Cipem.
Para o presidente do Fórum, Frank Rogieri, o selo vai garantir mais competitividade e reconhecimento para os produtos de mato-grossense. “Temos projeto de desenvolver um selo de qualidade da madeira, alinhando todas as condicionantes ambientais e sociais para exploração, industrialização e transporte de madeira”, reforçou.