O período considerado ideal para o desenvolvimento do milho, em Mato Grosso, está se encerrando hoje e, no entanto, os produtores não conseguiram concluir a área estimada, uma consequência no atraso de plantio da soja que reflete direto na condução dos trabalhos da segunda safra.
Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até a última semana, dia 21 – quando o levantamento foi atualizado – a semeadura do cereal, em Mato Grosso, atingia 67,15% do total das áreas estimadas, avanço semanal de 22,20 pontos percentuais (p.p.). Hoje, o Imea vai divulgar novos números sobre o andamento do plantio da safrinha.
Observando o progresso da semana passada, por exemplo, os trabalhos a campo continuavam 13,23 p.p. atrás em relação à safra 2023/24, devido, sobretudo, ao atraso na colheita da soja, o que impactou diretamente o cronograma das lavouras. Já quando se compara com a média das últimas cinco safras, as áreas semeadas para essa temporada estão 3,12 p.p. abaixo do período observado.
“É importante destacar que hoje se encerra o período considerado ideal para o cultivo do cereal mato-grossense. Essa “janela”, é definida pelas condições climáticas, já que o estado historicamente começa a apresentar uma redução hídrica a partir do mês de maio. Sendo assim, as áreas que ultrapassarem esse período poderão ser impactadas no rendimento final”.
MERCADO – De acordo com o Imea, o preço do milho disponível em Mato Grosso, na semana do dia 21, atingiu a média de R$ 61,08/sc, apresentando alta de 3,80% ante a semana anterior e incremento de 14,15% ante a mesma semana de janeiro/25. Esse cenário de alta está associado a menor disponibilidade do cereal no estado, decorrente da redução na produção da safra 2023/24, somada à comercialização 5,33 p.p. mais adiantada em comparação à safra passada.
Com isso, o preço do milho no estado já se encontra 64,11% superior ao registrado no mesmo período de 2024. “Vale destacar que, durante o período de entressafra, historicamente, o preço do milho tende a apresentar sustentação nas cotações. Assim, a combinação entre a menor oferta e a demanda aquecida pelo cereal, contribuíram para a manutenção das cotações em patamares elevados. Portanto, espera-se que o preço disponível do milho se mantenha firme no curto prazo”, explicam os analistas do Imea.
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