A colheita da soja para a safra 2023/24 avançou 8,21 pontos percentuais (p.p.) na última semana, alcançando 84,66% das áreas finalizadas até sexta-feira (1º), em Mato Grosso. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o menor ritmo dos trabalhos a campo, em relação às semanas anteriores, está atrelado à entrada das lavouras que foram semeadas mais tardiamente, que não foram impactadas com a extrema seca registrada no estado e, consequentemente, “na maior parte dos talhões, o ciclo da soja não apresentou encurtamento”.
Desse modo, o ritmo da colheita em Mato Grosso está 3,46 p.p. atrás do observado no mesmo período do ano passado, no entanto, 1,14 p.p. acima da média dos últimos cinco anos.
Em relação às regiões do estado, o médio norte e o oeste praticamente concluíram os trabalhos a campo, chegando a 99,18% e 98,02% das áreas finalizadas nas últimas semanas, respectivamente. “Diante desse cenário, espera-se que o ritmo para as próximas semanas continue diminuindo devido à menor disponibilidade de áreas prontas para serem colhidas em Mato Grosso”, apontam os analistas do Imea.
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CUSTO – A estimativa de fevereiro do Custo Operacional Efetivo (COE) da soja para a safra 2024/25 ficou projetada em R$ 5.704,70/ha em Mato Grosso. As despesas apresentaram queda de 0,16% em relação à projeção de janeiro, no entanto, o COE é 1,26% maior que o observado na safra passada.
Diante dos custos elevados para a safra 2024/25 e com os preços da soja futura até o momento pressionados, a situação para a próxima temporada poderá ser ainda mais desafiadora para o produtor mato-grossense, apontam os analistas do Imea. “Analisando o Ponto de Equilíbrio (PE) para a safra, no qual foi utilizada a média da produtividade das últimas cinco safras para calcular o indicador, nota-se que o preço negociado em janeiro de R$ 96,05/sc, já não cobre o custo com o COE, que ficou estimado em R$ 98,02/sc. Esse cenário de margens apertadas poderá influenciar no investimento do produtor para o próximo ciclo, como a manutenção ou queda da área destinada para cultivo, redução nas aplicações e menor investimento em pacote tecnológico, o que pode comprometer o rendimento da safra”.