A Justiça derrubou a decisão que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. A posse do petista foi suspensa na manhã desta quarta-feira (17) pela 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, durante posse de Lula, realizada no Palácio do Planalto. No despacho o juiz disse que “a posse e o exercício no cargo podem ensejar intervenção, indevida e odiosa, na atividade policial, do Ministério Público e mesmo no exercício do Poder Judiciário, pelo senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
A oposição avalia como "escandaloso" Lula ser alçado a ministro-chefe da Casa Civil num momento em que é investigado pela Justiça e pode se tornar réu. "Isso aumenta a crise moral no País", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O ministro da Casa Civil, segundo FHC, é a pessoa que tem de "dizer não". Com Lula no cargo, de acordo com ele, a administração do País vai sofrer. "Do ponto de vista de como funciona o governo, é um erro. E é qualquer um. Não é o Lula. Pode ser eu. Ele vai fazer política. Não vamos sair desse círculo", destacou o ex-presidente.
O principal fator que alimenta a crise econômica de 2016 é a completa falta de credibilidade do governo e sua equipe econômica. Com Lula como ministro da Casa Civil, mesmo sendo alvo de investigação da Operação Lava Jato, coloca em cheque mate o futuro do país e a economia brasileira.
Em Mato Grosso, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT) manifesta sua total indignação à atual situação política do Brasil, que coloca toda a sociedade à mercê da imoralidade, falta de ética e impunidade. A instituição considera inadmissível a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chefia da Casa Civil e classifica tal ato como um golpe contra a nação brasileira.
Consideramos a corrupção uma doença que corrói a dignidade humana. Somos contra qualquer ato que sobreponha os interesses maiores da nação. O setor empresarial, como grande gerador de riquezas e empregos em todo o país, se coloca perplexo e contrário à nomeação do ex-presidente, já que este se mantém suspeito e investigado por atos de ilegalidade e corrupção, e a FIEMT se posiciona a favor do impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff.
Não há um Estado Democrático de Direito que sobreviva sem moralidade no trato dos assuntos públicos e sob péssimas práticas administrativas. O setor empresarial rechaça toda e qualquer decisão – como a que se coloca em questão – que vá contra os princípios morais e éticos. Nomear um investigado para um cargo público de alto escalão é, no mínimo, um desrespeito à democracia e uma ação catastrófica a empresas e trabalhadores.