O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou resultados da pesquisa “Perfil e Hábitos dos Produtores Rurais em Mato Grosso”. O Instituto conversou com 790 produtores rurais em Mato Grosso, destes 398 são agricultores (50,38%), sendo que 20,85%, além de agricultores, são pecuaristas. Os outros 392 (49,62%) entrevistados são pecuaristas, desses 24,74%, além de pecuaristas, são agricultores. O que demonstra a diversificação das atividades por parte dos produtores rurais mato-grossenses.
A apresentação aconteceu durante uma live transmitida pelo canal do Imea no YouTube. A pesquisa de realização do Imea e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MT) faz parte do Projeto Desenvolvimento Regional de Mato Grosso. A live foi conduzida pelo superintendente do Imea, Cleiton Gauer.
Na pesquisa, o Imea identificou 1,98 milhão de hectares de área (propriedade rural). Destas áreas os pecuaristas ocupam cerca de 695,29 mil hectares e os agricultores 1,29 milhão de hectares.
Das áreas agrícolas identificadas na pesquisa, 807,54 mil hectares são de soja, 619,44 mil hectares de lavouras de milho, 67,45 mil hectares de algodão e mil hectares para outras culturas.
Na pecuária, a pesquisa identificou 200,87 mil hectares de pastagem e 13,08 mil hectares dedicados à suinocultura. Tratando de outras culturas, a piscicultura ocupa 302 hectares, eucalipto 80, avicultura 1 (um), Integração Lavoura-Pecuária outros hectares.
Na agricultura, 83,25% dos entrevistados se dedicam exclusivamente à atividade, e 16,75% se dedicam à agricultura e outras atividades. Na pecuária, 60,10% se dedicam exclusivamente à atividade e 39,90% também exercem outras atividades.
Quando o assunto é desafios, a pesquisa revelou que os maiores problemas enfrentados pelo produtor rural são a falta de mão-de-obra e custos operacionais.
Na sucessão familiar cerca de 78% dos produtores responderam que estão se preparando para a sucessão familiar.
Na assistência técnica, a pesquisa mostrou números expressivos, 90% dos agricultores entrevistados têm na propriedade o serviço de assistência técnica, e entre os pecuaristas o número foi de 73%.
Leia também: Exportações do milho mato-grossense recuam na comparação anual, aponta Imea
CONECTIVIDADE – Apesar de a metade dos pecuaristas não utilizar computador na propriedade, 86% relataram utilizar o smartphone.
Atualmente a internet é o principal canal utilizado para obter informações (82,66% dos agricultores e 82,40% dos pecuaristas), além dos serviços de consultoria e televisão.
A live contou com a participação do diretor Administrativo e Financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Robson Marques, representando o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain. A diretora de Inovação do Senar/MT, Ida Beatriz, que representou o superintendente do Senar/MT, José Luiz Fidelis.
O Imea apresentou os resultados da pesquisa que contou com dados sobre o perfil das propriedades, dos produtores, utilização de tecnologia, as preferências dos produtores e informações sobre investimentos na atividade, distinguindo os agricultores e pecuaristas. O levantamento das informações ocorreu em outubro do ano passado, por meio de ligação telefônica, conforme base de contatos.
“Esta pesquisa do perfil e hábito dos produtores, tenho certeza que vai ser de grande valia para subsidiar o produtor rural nas tomadas de decisão. O Imea faz um trabalho de grande responsabilidade, com relação à confiabilidade dos dados que norteiam a produção e a produtividade do nosso Estado”, disse Robson Marques.