Mais de 500 produtores rurais de Mato Grosso foram beneficiados com projeto de melhoramento genético do rebanho leiteiro do Programa MT Produtivo Leite, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), por meio através da transferência de embriões.
O projeto já resultou em 2.006 vacas prenhes, em duas etapas, entre 2020 e 2021 e, em 2022 e 2023, que ainda está em andamento. Nessa segunda etapa, a transferência de embriões resultou em 1.159 vacas prenhes.
De acordo com o secretário interino da Seaf, Luluca Ribeiro, foram investidos R$ 15,7 milhões, entre 2019 e 2022, para gerar mais renda aos pequenos produtores a partir do aumento da produção de leite e produtividade do rebanho. O projeto ainda está em fase de expansão. Atualmente, as parcerias beneficiam 24 municípios e esse número deve aumentar com novos acordos de cooperação.
“A nossa previsão é aumentar ainda mais o número de beneficiados, com a adesão de novos parceiros. As prefeituras municipais, cooperativas e associações podem solicitar a cooperação à Secretaria de Agricultura Familiar. A nossa meta é avançar ainda mais”, destacou.
O trabalho é realizado por empresas especializadas em reprodução contratadas pela Seaf, através de licitação, e com o acompanhamento dos técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
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A médica veterinária, Vânia Ângela Kohl, que atua no Programa MT Produtivo Leite, afirmou que a transferência de embriões é importante para que os produtores tenham acesso a animais geneticamente superiores. “O trabalho acelera o melhoramento genético do rebanho leiteiro e só pagamos pelo nascimento de fêmeas. As futuras matrizes são essenciais para os produtores de leite”, explicou.
Pelo acordo de cooperação com as entidades parceiras, as prefeituras, cooperativas e associações devem adquirir mais 20% dos embriões fornecidos pelo Estado.
Podem participar do projeto produtores da agricultura familiar que forneçam alimentação adequada aos animais (pastagem em boas condições, capineira e sal mineral de boa qualidade); disponibilizem condições de infraestrutura, mão de obra, contenção dos animais e segurança para a realização dos trabalhos técnicos, além da disposição para seguir orientações dos técnicos em relação aos procedimentos de nutrição, sanidade dos animais, readequação estrutural, bem como aos cuidados dos animais gestantes. Os produtores devem participar com, no mínimo, 10 vacas receptoras e, no máximo, 20.