O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou ontem (15) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais. A detecção ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.
O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) reforça que a doença não representa risco ao consumo de carne de frango ou ovos. Todos os produtos inspecionados seguem seguros para a população. Ainda assim, é fundamental redobrar a atenção com os cuidados sanitários nas propriedades, especialmente as que lidam com avicultura comercial ou de subsistência.
As ações de contenção estão em andamento sob coordenação do Mapa, e o Brasil segue os protocolos internacionais de biosseguridade para preservar a produção, o abastecimento e as relações comerciais.
Diante disso, orientamos os produtores de Mato Grosso a:
– Reforçar as medidas de biossegurança nas granjas
– Evitar contato de aves comerciais com aves silvestres
– Controlar rigorosamente o acesso às propriedades
– Notificar imediatamente qualquer suspeita de mortalidade anormal de aves aos órgãos oficiais de defesa agropecuária
– Orientar funcionários e familiares quanto aos cuidados sanitários.
A Famato acompanha de perto a situação junto às autoridades competentes e está à disposição dos produtores rurais para esclarecer dúvidas e colaborar na difusão de boas práticas de prevenção. “Seguimos vigilantes e comprometidos com a sanidade do rebanho avícola de Mato Grosso e com a sustentabilidade do nosso agro”.
PLANO NACIONAL – As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população.
O Mapa também está realizando a comunicação oficial aos entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, bem como aos parceiros comerciais do Brasil.
O Serviço Veterinário brasileiro vem sendo treinado e equipado para o enfrentamento dessa doença desde a primeira década dos anos 2000.
Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil.
Ainda segundo o Mapa, “tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos”.
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