O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e as equipes técnicas dos dois ministérios para dar seguimento às discussões acerca das medidas de fortalecimento dos pequenos e médios produtores de leite brasileiros.
A reunião debateu a criação de um programa de melhoramento genético do rebanho, apontado como um gargalo da produção nacional de leite.
Por meio de projetos pilotos, os ministérios visam um aporte de material genético, melhorando a raça dos animais de maneira que aumente a produtividade, permitindo aos pequenos produtores, sobretudo da agricultura familiar, sair de crises que o setor vem enfrentando.
“É essencial que discutamos essa pauta, juntamente com o ministro Paulo, pois será uma iniciativa desenvolvida por quatro mãos, Mapa e MDA. O governo federal trabalhando unido para o crescimento deste setor tão importante para o Brasil”, ressaltou Fávaro.
DECRETO – Na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou decreto que fortalece a cadeia produtiva do leite no Brasil. O texto, publicado hoje, em edição extra do Diário Oficial da União, alterou o Decreto nº 8.533/2015, modificando as condições para a utilização dos créditos presumidos de PIS/Pasep e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) concedidos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
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O ato tem por objetivo fomentar a produção de leite in natura e promover o desenvolvimento da cadeia produtiva leiteira do Brasil.
EM MATO GROSSO – O índice de preços ao produtor de leite encerrou agosto em 200,00 pontos, queda de 83,29 pontos percentuais (p.p) ante a agosto do ano passado. Ainda, o indicador para o varejo e atacado fixou em 172,87 e 198,74 pontos, diminuição respectivamente de 22,71 p.p. e 15,71 p.p. no mesmo comparativo anual. “É importante observar que apesar da queda nos 3 elos do setor, a redução foi mais intensa no índice do produtor de leite, o que reflete que, enquanto dentro da porteira o valor recebido pela matéria prima ‘despencou’, nos setores varejistas e atacadistas essa retração seguiu de forma menos intensa nessa comparação. Por fim, na média dos últimos dois anos a diferença entre o índice do produtor e varejo esteve em 47,74 pontos, enquanto com o atacado ficou em 39,07, contudo, de janeiro a agosto, a diferenças fixaram-se em 34,06 (-13,68 p.p.) e 17,20 pontos (-21,87 p.p.), respectivamente, o que reforça o estreitamento das cotações dentro da porteira”, explicam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).