O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 303, que compatibiliza as datas de plantio do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja, ano-safra 2024/25, nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Minas Gerias, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Essa adaptação teve como objetivo compatibilizar os períodos indicados no Zarc com os períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura da soja em nível nacional, estabelecidos pela Portaria SDA/Mapa nº 1.111, de 13 de maio de 2024.
O calendário de semeadura considera parâmetros fitossanitários e faz parte da estratégia para o manejo da Ferrugem Asiática da Soja. Já o Zarc indica a melhor época de plantio, com o objetivo de minimizar as chances de perdas com adversidades climáticas.
Os produtores rurais beneficiários do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) devem respeitar tanto as datas de semeadura estabelecidos pela SDA, por estado, quanto o Zarc, por município, sempre cumprindo com a norma para serem contemplados nos programas de gestão de riscos.
PROJEÇÃO MT – O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizou o terceiro levantamento de safra da soja para a temporada 2024/25 junto aos informantes do mercado em Mato Grosso. Em junho, os produtores concentraram suas atenções na colheita do milho no estado e, com o ritmo da comercialização de insumos sendo o terceiro mais lento da série histórica do Instituto, a incerteza quanto ao cenário de investimento e produtivo para a próxima safra da oleaginosa ainda segue em Mato Grosso.
“Vale ressaltar que, embora o preço futuro da soja tenha apresentado alta no último mês, ainda não cobre todos os custos para a temporada”, alertam os analistas.
Desse modo, a área ficou mantida em 12,56 milhões de hectares, um acréscimo de 0,64% em relação à safra 2023/24. No que tange ao rendimento, as projeções ainda são restritas, visto que alguns fatores que podem impactar a safra, como condições climáticas, ocorrência de pragas e doenças, permanecem incertos. “Diante disso, como metodologia do Imea, é utilizado a média dos últimos três anos para gerar o indicador, que ficou estimado em 57,97 sc/ha, um incremento de 11,14% em relação à safra passada. Com a manutenção da área e da produtividade, a produção da safra 2024/25 ficou prevista em 43,68 milhões de toneladas, aumento de 11,85% ante a safra passada”, explicam os analistas.