Mato Grosso enviou para abate, ou como o setor costuma dizer – enviou para o gancho – em outros estados 10,12 mil animais terminados, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT), analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse volume representa um aumento de 8,99 vezes em relação a julho/25, direcionando a maior parte dos envios para abates em Mato Grosso do Sul, cujo volume de bovinos foi 34,61 vezes maior comparado com o de agosto/25, sendo responsável por 64,58% dos envios interestaduais originados em Mato Grosso, em agosto.
Diante disso, o aumento nos abates em outros estados está atrelado, principalmente, à competitividade dos preços do boi gordo em Mato Grosso, como apontam os analistas do Imea. “Com a menor competitividade nos preços da arroba do boi gordo mato-grossense frente aos demais estados, os envios interestaduais tendem a permanecer nesse ritmo até o início do quarto trimestre de 2025, quando o movimento de recuperação da arroba tende a ocorrer no final do ano”, explicam.
Ainda conforme o Imea, as escalas de abate no estado se alongaram 3,91% no comparativo semanal, ficando em 12,34 dias, resultado da maior oferta de animais para as indústrias. Na semana passada, os analistas apuraram que em Mato Grosso, o preço da novilha de 8,5@ recuou 3,38% na semana passada, sendo cotada em média a R$ 300,00/@, resultado da menor procura pela categoria.
MAIS ABATES – Brasil ampliou o volume de abates no 2º trimestre deste ano. Em direção oposta, Mato Grosso recuou, mas segue como líder nacional. No período, o Brasil abateu 10,46 milhões de bovinos, alta de 4,25% em relação ao 2º trimestre de 2024, com produção de 2,65 milhões de toneladas de carcaça, avanço de 1,91% no mesmo comparativo (IBGE).
Em Mato Grosso, como estacam os analistas do Imea, foram abatidos 1,74 milhão de animais no 2º trimestre deste ano, retração de 4,66% ante ao mesmo momento do ano passado. No acumulado do 1º semestre de 2025, o estado somou 3,41 milhões de cabeças, equivalente a 16,76% dos abates nacionais. Já a produção de carne mato-grossense foi de 463,29 mil toneladas no trimestre, queda de 5,93% na comparação anual, totalizando 899,54 mil toneladas no semestre, o que corresponde a 17,47% da produção brasileira.
“Com a retração nos indicadores, Mato Grosso segue em patamar elevado de abates e produção de carne, registrando o 2º maior volume para um primeiro semestre na série histórica, atrás apenas de 2024, quando houve forte descarte de fêmeas”.
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