Dados divulgados ontem (10), pelo IBGE, mostram que no 2º trimestre de 2025 foram abatidas 10,46 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, alcançando o segundo maior resultado da série histórica da pesquisa, atrás apenas do 3° trimestre de 2024. Essa quantidade foi 3,9% superior à obtida no 2° trimestre de 2024 e 5,5% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior. O mês de maior atividade foi maio, quando foram abatidas 3,59 milhões de cabeças, 4,9% a mais do que no mesmo mês do ano anterior.
Mato Grosso, detentor do maior rebanho bovino do país – com mais de 34 milhões de cabeças – segue liderando o volume de abates no Brasil, bem como o ranking dos estados exportadores. No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 1,74 mi de cabeças abatidas – 16,7% da participação nacional -, seguido por São Paulo (10,9%) e Goiás (10,1%).
As exportações de carne bovina in natura alcançaram novo recorde para um 2° trimestre, impulsionando a atividade. Foram exportadas 700,68 mil toneladas no período, volume 14,5% maior em relação ao 2° trimestre do ano anterior.
Mato Grosso liderou o ranking de estados exportadores, ao enviar 157,32 mil toneladas de carne bovina ao exterior, tendo como principais destinos, em termos de volume exportado, China (53,8%), Rússia (6,1%) e os Estados Unidos (6,1%). Em comparação com o 2º trimestre de 2024, considerando os estados com participação acima de 1,0% nas exportações nacionais, todos apresentaram aumento das exportações. As variações positivas mais impactantes ocorreram em São Paulo (+16,85 mil toneladas), Pará (+15,93 mil toneladas) e Mato Grosso do Sul (+15,51 mil toneladas).
O abate de fêmeas apresentou alta de 16,0% frente ao mesmo trimestre de 2024, o que demonstra a continuação da tendência de aumento do abate dessa categoria ainda no primeiro semestre de 2025. O Gráfico I.1 apresenta a série histórica do abate de bovinos a partir de 2020.
O abate gerou 2,65 milhões de toneladas de carcaças, aumento de 1,6% em comparação com o mesmo período de 2024 e de 6,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No 2º trimestre de 2025, o peso médio de carcaças bovinas foi de 253,26 kg, variação negativa de 2,2% em relação ao trimestre equivalente de 2024, e aumento de 0,6% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. O total de fêmeas abatidas foi o maior da série histórica da pesquisa, com 5,27 milhões de animais, correspondendo, pela primeira vez, a mais da metade (50,3%) do total de bovinos, um aumento de 16,0% e de 7,7% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e ao trimestre imediatamente anterior, respectivamente. O abate de novilhas (fêmeas com menos de 2 anos) correspondeu a 33,0% do total de fêmeas, o que equivale a 1,74 milhão de cabeças. Na comparação com o 2º trimestre do ano anterior, o abate de vacas apresentou alta de 14,3%, enquanto o abate de novilhas aumentou em 19,8%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o abate de vacas aumentou 6,8%, e o de novilhas teve uma variação positiva de 9,5%.
O abate de animais machos totalizou 5,20 milhões de cabeças, sendo que os bois (machos com dois anos ou mais) representaram 92,7% desse montante. O abate de machos adultos apresentou um decréscimo de 6,8%, enquanto o de novilhos aumentou 6,2% em comparação ao 2° trimestre de 2024. Em relação ao 1º trimestre de 2025, o abate de bois apresentou aumento de 4,1%, e o de novilhos registrou queda de 5,6%. No período desta pesquisa, o peso médio das carcaças foi de 295,61 kg e 264,64 kg para bois e novilhos, respectivamente, enquanto a média para vacas e novilhas foi, por essa ordem, 215,88 kg e 209,28 kg.
A região Centro-Oeste foi a responsável pelo maior abate de bovinos no período, 36,3% do total, seguida pelas Regiões Norte (23,7%), Sudeste (21,4%), Nordeste (9,4%) e Sul (9,2%). O abate de 395,98 mil cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as variações mais significativas ocorreram em: São Paulo (+129,52 mil cabeças), Pará (+87,09 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+50,45 mil cabeças), Bahia (+36,31 mil cabeças), Rondônia (+32,66 mil cabeças) e Pernambuco (+30,15 mil cabeças). As quedas mais significativas ficaram por 8 conta do Mato Grosso (-85,43 mil cabeças) e de Minas Gerais (-52,98 mil cabeças).
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior – Secex, no 2º trimestre de 2025 as exportações brasileiras de carne bovina in natura acumularam um novo recorde para um 2° trimestre, de 700,68 mil toneladas, o que representa cerca de 34,0% do peso, em equivalente carcaça, do total produzido nesse intervalo. Tal patamar representou aumento de 14,5% no volume e de 32,9% no faturamento, em comparação com o 2º trimestre de 2024. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve um acréscimo de 19,6% e de 26,3% no volume exportado e no faturamento, respectivamente. O preço médio da carne exportada foi de US$ 5 227,39 por tonelada, valor acima em 16,1% do apurado no 2° trimestre de 2024 e 5,6% ao auferido no 1º trimestre de 2025.
O aumento de 14,5% nas exportações correspondeu a 88,55 mil toneladas a mais na comparação entre os respectivos trimestres de 2024 e de 2025. A China manteve-se como principal destino do produto no mercado internacional, ao importar 352,09 mil toneladas de carne bovina in natura, o que correspondeu a 50,3% do volume total enviado ao exterior pelo Brasil. Os Estados Unidos figuraram na segunda posição, com aumento de 148,3% das importações (+47,86 mil toneladas) na mesma comparação, enquanto o México apresentou incremento de +346,4% (+29,74 mil toneladas), ocupando a terceira posição da lista
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