O mercado do milho mato-grossense iniciou o mês de agosto com boa expectativa de produtividade, segundo estimativas do analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Mato Grosso já se aproxima de 70% do milho colhido, enquanto os demais estados têm o problema do grão ainda muito úmido.
Com o atraso dos outros estados, os trabalhos devem avançar. Entretanto, problemas de qualidade e peso do grão de milho vão aparecer agora. No mês passado, as commodities foram pressionadas para baixo, entre elas o minério de ferro, ouro e também o milho, soja e trigo.
A análise também prevê chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, durante o momento de definição da safra norte-americana. O mercado se prepara agora para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do próximo dia 12. Deve haver ajuste de produtividade, possivelmente para baixo.
As empresas tentam importações de milho, mas há muito mais mídia do que volumes realmente contratados. Os custos de importação hoje chegam a R$ 92/ R$ 93 no porto, mais despesas portuárias, frete interno, PIS/Cofins e ICMS. Na prática, quatro navios estão em direção ao Brasil em agosto, com pouco mais de 80 mil toneladas.
Ainda de acordo com as estimativas, pode ocorrer alguma pressão de venda pelo produtor e baixa regional, que seriam normais neste momento no mercado. Além disso, o mercado consumidor tenta alguma pressão sobre os preços neste momento em que ainda teremos colheitas internas.
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