Segundo a análise de mercado da Grão Direto e do Agrolink, o mercado de soja encerrou a última semana com movimentações positivas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Em setembro, o início da safra 2024/25 nos Estados Unidos trouxe a expectativa de uma das maiores ofertas da história, impulsionando os preços. O contrato de soja para setembro de 2024 fechou a U$ 9,89 o bushel, um aumento de 0,82% em Chicago. No Brasil, o mercado físico também teve resultados positivos, apesar da leve queda de 0,71% no dólar, que fechou em R$ 5,59. A intervenção do Banco Central para conter a alta da moeda norte-americana influenciou esse movimento.
O encerramento do vazio sanitário em estados brasileiros, como Mato Grosso – maior produtor nacional da oleaginosa – dissipou as preocupações com o atraso no plantio devido à escassez de chuvas, e o contrato de soja para março de 2025 encerrou com alta de 0,58%, a U$10,36 o bushel.
O mercado de soja para esta semana deve ser marcado por dois fatores principais: o avanço das exportações norte-americanas e o início da safra brasileira. Nos Estados Unidos, o aumento das exportações para 1,4 milhão de toneladas, registrado em 6 de setembro, sugere que os preços em Chicago devem se manter acima de U$ 10,00 o bushel, sustentados pela demanda internacional. No entanto, uma desaceleração nas exportações com o avanço da colheita pode pressionar os preços para baixo.
No Brasil, o clima segue como uma preocupação central, com a falta de chuvas em várias regiões produtoras impactando o plantio da nova safra, como é o caso de Mato Grosso, com locais sem chuvas há mais de 140 dias. Esse cenário, semelhante ao ano anterior, tende a elevar os prêmios de risco, refletindo na formação dos preços da soja.
Além disso, o mercado acompanha os rumores no Senado sobre a aprovação do projeto de lei “Combustível do Futuro”, que prevê o aumento da concentração de óleo vegetal no diesel, influenciando diretamente a demanda por soja e óleo de soja no longo prazo. Grandes empresas já se preparam para essa mudança, investindo em novas plantas de esmagamento.
Diante desses fatores, o mercado mantém uma perspectiva positiva para esta semana, com a expectativa pela entrada da safra brasileira e a manutenção da demanda internacional por soja norte-americana.