A intensificação dos conflitos entre Rússia e Ucrânia segue impactando o mercado internacional de milho. Acompanhando o cenário externo, o Indicador do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) registrou uma alta de 2,85% em relação à última semana, ficando cotado em média de R$ 77,77 a saca. O valor atual é 16,80% maior quando comparado ao registrado em igual momento do ano passado: R$ 66,69.
Como explicam os analistas do Imea, a Ucrânia é um dos principais produtores do cereal e o quarto maior exportador global, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). “O reflexo da guerra, neste momento, afetará diretamente a semeadura ucraniana, e consequentemente, a produção no país. Diante da perspectiva de redução na oferta mundial, o preço do milho na CME-Group [Bolsa de Chicago] apresentou forte alta na última semana. Para ser ter ideia, o contrato corrente do cereal em Chicago aumentou 9,41% no comparativo semanal e 33,10% ante a média da mesma semana do ano passado. Além disso, no cenário futuro (jul-22) o aumento chegou a 8,28% ante a semana passada, ficando cotado em US$ 7,01/bushel na média semanal”.
O Imea acredita que os conflitos devem seguir afetando a balança de oferta e demanda do milho global, fazendo com que a demanda, que a princípio era destinada à Ucrânia, migre para outros países, dentre eles os Estados Unidos, Brasil e Argentina.