A distribuição das chuvas na safra 2021/2022 vem sendo favorável aos agricultores mato-grossenses. De acordo com o Boletim Agrometeorológico nº 17, divulgado pela Embrapa Agrossilvipastoril, até o momento, não houve períodos de veranico no Estado. Mesmo com o grande volume de chuvas – o maior dos últimos cinco anos – as perdas causadas por fatores climáticos foram pontuais.
A publicação mostra que as chuvas, que se iniciaram nos primeiros dez dias de setembro, se mantiveram em volumes satisfatórios até 15 de março, período de recorte deste boletim. Uma nova edição será elaborada pelos pesquisadores em junho, após o término do período chuvoso e da segunda safra. Com a regularidade das chuvas, a reposição hídrica do solo foi alcançada no início de novembro e se manteve acima do patamar máximo durante toda a safra.
De acordo com os dados da estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril, este período registrou o maior volume total de chuvas dos últimos cinco anos. Até 15 de março, foram registrados 2.174,7 milímetros (mm) de chuva. O destaque foi o mês de novembro, com 669 mm, o maior volume para este mês da série histórica, e o segundo decêndio de fevereiro, com 334 mm. Neste período, o excesso de chuvas chegou a prejudicar a colheita em lavouras já prontas, causando perdas pontuais com grãos ardidos.
Leia também: Safra poderia ser mais positiva, não fossem as chuvas no final do ciclo
Em novembro a Embrapa Agrossilvipastoril havia lançado o primeiro Boletim Agrometeorológico desta safra. O documento mostrou que a distribuição das chuvas havia favorecido a semeadura e o estabelecimento das lavouras de soja em Mato Grosso.
BOLETINS AGROMETEOROLÓGICOS – A safra 2021/22 é a sexta seguida em que pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril fazem acompanhamento por meio de Boletins Agrometeorológicos. A cada ciclo agrícola são publicados três documentos. O primeiro é feito em novembro e analisa o período de semeadura da primeira safra. O segundo, publicado em março, retrata o desenvolvimento e colheita da soja e a semeadura da segunda safra. O terceiro boletim é feito em junho e traz os dados do restante da segunda safra.