Conforme dados divulgados nesta segunda-feira (29.06) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil fechou 331.901 postos de trabalho com carteira assinada em maio. Foi o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2010. Em relação a abril (-902.841 vagas), o número está menos ruim.
Com o resultado de maio, o corte de vagas acumulado em 2020 soma 1.144.875, o pior desempenho para o período também desde 2010. No ano passado, foram criadas 351.062 vagas com carteira assinada no país.
Em Mato Grosso, apesar do cenário atual, os números de maio também foram menos ruim quando comparados com abril, de acordo com dados apurados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) junto ao Caged.
No mês de maio no estado mato-grossense, houveram 21.231 admissões contra 22.123 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 892 empregos, sendo que em abril o cenário foi bem pior, quando houveram 14.700 admissões contra 27.100 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 12.400 empregos.
Os números também são positivos para a capital de Mato Grosso. No total, no mês de abril, foram 2.687 admissões, contra 6.290 desligamentos, resultando em um saldo de -3.603 empregos. Em maio, foram 3.685 admissões, contra 4.329 demissões, totalizando -644 empregos.
Já em Várzea Grande, segunda maior cidade do Estado, houveram 1.301 admissões no mês de maio, contra 1.307 demissões, resultando em -6 empregos, sendo que em abril foram 807 admissões, contra 1.519 demissões, totalizando em um saldo negativo de -712 empregos.
Para o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, os números foram menos pior de abril para maio, porém, com o fechamento do comércio novamente na capital, agora, em junho, o desemprego deve novamente disparar em julho, causando o caos, devido as empresas não conseguirem manter em seus quadros os colaboradores.
"Muitas empresas não aguentarão esse novo fechamento das suas portas e terão que demitir, já que a grande maioria já esta trabalhando no vermelho, sem contar que uma parte delas também não sobreviverá e irá declarar falência, resultando em mais um grande problema: o social", afirmou Granja, ressaltando ainda que diante das últimas determinações judiciais para Cuiabá, Várzea Grande e outras cidades como as da Região-Oeste de Mato Grosso, os números irão piorar significativamente. "Reafirmamos que muitas empresas irão fechar, aliás, já estão fechando suas portas, declarando falência, tendo em vista de que a situação já era critica antes da justiça determinar o fechamento do comércio, desta forma, a consequência, infelizmente, será bem pior, os números serão ainda maiores de postos de trabalhos fechados dentro do nosso Estado".