Conforme o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) o valor pago em impostos chegou à marca de R$ 1,5 trilhão. O valor equivale a todo o dinheiro que os brasileiros pagaram aos cofres da União, dos Estados e dos municípios em tributos (impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária) desde o primeiro dia deste ano. Em 2016, a marca de R$ 1,5 trilhão foi registrada dia 6 de outubro, demonstrando que a arrecadação avançou.
Aqui em Mato Grosso, estado que representa 1,25% da arrecadação nacional, o valor arrecadado entre 1º de janeiro desse ano até ontem, somou R$ 18,74 bilhões, às 17h e é 8,7% maior do que os R$ 17,24 bilhões acumulados em igual data do ano passado. O segundo
maior entre os estados do Centro-Oeste.
Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), esse mesmo valor só foi observado em 2016 no dia 8 de outubro, portanto, há uma antecipação de 25 dias. Em outras palavras, a carga tributária está mais pesada aos mato-grossenses em 2017 quando comparada a 2016. No dia 8 de outubro do ano passado, o Impostômetro de Mato Grosso acusou a arrecadação de R$ 18,78 bilhões.
No Centro-Oeste, a maior receita gerada aos cofres públicos vem de Goiás, que de 1º de janeiro até ontem, arrecadou R$ 29,18 bilhões. Em segundo lugar está Mato Grosso, seguido pelo Mato Grosso do Sul, R$ 14,77 bilhões e o Distrito Federal, com R$ 11,52 bilhões.
ANÁLISE – Ainda de acordo com dados disponibilizados pelo IBPT, o total arrecadado até ontem no país, se depositado em poupança, renderia R$ 201,65 por minuto.
“A inflação pesou muito no período, aumentando o bolo arrecadatório. Ela tem caído, mas ainda é alta. Também contribuíram a elevação de algumas alíquotas e a recuperação, mesmo que lenta, de alguns setores da economia”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “Se considerarmos o enfraquecimento recente da economia, o peso da tributação é ainda mais forte para empresas e contribuintes”.
Os valores mostrados pelo painel da ACSP são nominais (sem descontar a inflação), baseados em informações oficiais e calculados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).