Entre os brasileiros que vivem na região Centro-Oeste, 51% acreditam que o agronegócio é o setor econômico que mais gera riqueza para o País. É o que revela a 14ª edição da pesquisa Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a entidade. O ranking regional ainda tem menções ao setor de educação (10%), indústria (8%), bancário e financeiro (8%) e ciência e tecnologia (6%).
A região Centro-Oeste conta o terceiro maior índice de brasileiros que colocam o setor do agro na liderança. A região é a maior produtora de grãos e fibra do Brasil. Formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal, o Centro-Oeste tem, somente em Mato Grosso, o maior produtor agropecuário nacional, líder na oferta de soja milho, algodão e detentor do maior rebanho bovino do Brasil. Cerca de 31% da safra nacional de grãos do ciclo 2022/23 são de Mato Grosso.
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Na média geral, 47% dos brasileiros enxergam o agronegócio como a atividade econômica que mais gera riqueza. “Pensando nos dados nacionais e observando os estratos sociodemográficos, as variações mais expressivas se dão quanto ao agronegócio, mais citado entre os homens (54%), os que têm nível superior (52%), na faixa de renda acima de cinco salários-mínimos (51%) e na região Sul (55%)”, observa o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
A pesquisa realizada entre os dias 1º e 7 de julho de 2023, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País, aborda também a perspectiva dos brasileiros sobre o prestígio das profissões. O levantamento procura investigar se os brasileiros estão alinhados com a tendência internacional de realinhamento e prestígio das profissões seguindo as mudanças sociais e econômicas e a influência dos meios de comunicação e redes sociais.
O ranking sobre a geração de riqueza pelo setor do agronegócio conta ainda com os seguintes índices: Sul (55%), Norte (53%), Nordeste (45%) e Sudeste (44%).