Nesta sexta-feira(15) acontece o 6º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária realizado pela Embrapa Agrossilvipastoril, o sistema Famato/Senar e parceiros. O evento será em Sinop e tem como tema as novas tecnologias para o cultivo de bananeira em MT.
Nesse Dia de Campo será apresentado o desperfilhador por roto-compressão, que facilita o controle dos perfilhos e o aplicador de fungicida na axila da folha, o que permite melhor controle da doença sigatoka-negra.
O desperfilhador por roto-compressão, chamado comercialmente de Nova Lurdinha, acaba de chegar ao mercado e é uma ferramenta que aumenta a eficiência no trabalho de eliminação dos brotos (perfilhos) das touceiras de bananeira. O equipamento é utilizado apenas com a força do operador. Para isso ele é colocado sobre o local da rebrota e comprimido. A força comprime uma mola que faz como que a broca que está na ponta gire e entre no broto, dilacerando a gema apical. Esse processo é diferente daquele feito pela Lurdinha. O aparelho mais utilizado até então para desenvolver esse trabalho retirava o broto, porém ao deixar o tecido apical, novos perfilhos poderiam ser formados exigindo a repetição da operação.
Pesquisas realizadas pela Embrapa Amazônia Ocidental, Unidade responsável pela inovação, mostraram que o desperfilhador por roto-compressão é até 20% mais eficiente do que a Lurdinha. Com o uso dele, em mil perfilhos, apenas 0,53% voltaram a brotar. Já com a Lurdinha o percentual de rebrota é superior a 22%.
O controle dos perfilhos é uma tarefa importante no manejo da bananeira, uma vez que garante a melhor condução das plantas desejadas, evita a competição por luz e nutrientes e garante frutos de melhor qualidade.
Outras vantagens da Nova Lurdinha são a melhor ergonomia para quem a opera e a economia de tempo. Testes realizados mostraram economia de até uma hora na eliminação de 1.000 perfilhos quando comparado ao uso da Lurdinha tradicional.
Deposição de fungicida
Outra tecnologia que será apresentada no dia de campo e que contribui com o manejo da bananeira é um sistema de deposição de fungicida na axila da segunda folha.
Também desenvolvido na Embrapa Amazônia Ocidental, o equipamento ajuda a combater a sigatoka-negra, uma das principais doenças que afetam a cultura no Brasil.
Trata-se de uma adaptação de uma seringa veterinária, com mangueiras de silicone ou látex e um cano com a ponta curva. Este equipamento permite a aplicação do produto, na dose certa, diretamente na planta.
O invento traz entre outras vantagens em relação à aplicação aérea ou terrestre a maior eficiência no controle da sigatoka-negra, redução no número de aplicações, menor contaminação ambiental, uma vez que não há deriva, maior segurança ao operário e economia para o produtor.
As duas tecnologias serão apresentadas no dia de campo pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental e responsável pelo desenvolvimento de ambas, Luadir Gasparotto.
Dia de campo
O 6º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária será realizado na Embrapa Agrossilvipastoril na sexta-feira, dia 15, a partir das 7h30. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas de maneira antecipada no site www.embrapa.br/agrossilvipastoril. Também será possível se inscrever no local do evento.
Além das novas tecnologias para o cultivo da bananeira, o dia de campo trará apresentações sobre pulverização eletrostática, condução do componente florestal em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e as novas opções de plantas forrageiras desenvolvidas pela Embrapa.
Esta edição do dia de campo ainda terá como novidade a disponibilização de estações satélites, que serão espaços onde os participantes poderão tirar suas dúvidas sobre outros assuntos que não fazem parte do roteiro principal do evento. Neste ano serão quatro estações satélites que abordarão a cultura do feijão-caupi, o sorgo biomassa, o projeto Rural Sustentável do BID e o projeto de clínicas de plantas, Plantwise.