Quase 2% da área estimada para nova safra de soja, ciclo 2022/23, estão cultivados em Mato Grosso até o momento, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Oeste mato-grossense lidera até aqui, o ritmo de plantio. Ainda em relação aos trabalhos, a cobertura atual com soja supera médias dos últimos cinco anos, que nesse mesmo momento representavam 0,25% da área. Em 2021/22, eram 1,20%.
Conforme explicam os analistas do Imea, os produtores mato-grossenses deram início à semeadura da soja para a safra 2022/23 na semana passada. Na última sexta-feira (23), 1,79% das áreas estimadas foram cultivadas no Estado, percentual este 0,59 pontos percentuais (p.p.) acima do observado no mesmo período do ano passado.
Entre as regiões de Mato Grosso, destaca-se a oeste, que apresentou o maior percentual de áreas semeadas até o momento (3,06%), e a nordeste, que exibiu o menor avanço nos trabalhos no campo (0,17%). “Vale ressaltar que esta região tem como característica histórica baixos volumes de chuvas durante o mês de setembro, refletindo em um início de semeadura mais lento em relação às demais regiões do Estado”, explicam.
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Eles acreditam que as chuvas devem se intensificar nas próximas semanas, com previsão do TempoCampo indicando 100 a 150 mm na maioria das regiões para os próximos 30 dias, “o que deve auxiliar no avanço da semeadura no Estado”.
Conforme dados do Imea, Mato Grosso deve cultivar nesta nova safra cerca de 11,81 milhões de hectares com soja, projeção que se confirmada, dará novo recorde ao Estado. O número representa um incremento de 2,92% em relação ao ciclo anterior, de 11,47 milhões de hectares. As perspectivas apontam uma produção de 41,51 milhões de toneladas, o que representa alta de 1,62% ante as 40,85 milhões de toneladas colhidas no último período.
O plantio está liberado em todo Estado, pois o período de Vazio Sanitário da soja foi encerrado no último dia 15 de setembro, após 90 dias de proibição, ou seja, desde 15 de junho. Como explicam os analistas do Imea, neste período, produtores não puderam manter a planta no campo. A medida visa limitar a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, consequentemente, reduzir a incidência e atrasar a ocorrência da doença na próxima safra.
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