Visando controlar os preços das commodities brasileiras, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, zerou a cobrança de impostos de importação de soja, farelo e óleo proveniente do grão, além do milho.
Em relação a prazos, a alíquota da soja e seus derivados permanecem suspensos até 15 de janeiro de 2021 e do milho até 31 de março de 2021.
O Brasil é o maior exportador do mundo e Mato Grosso está entre os estados com maior destaque mundial também.
Conforme noticiado anteriormente pelo MT Econômico neste link, o preço da soja este ano está custando o dobro do valor do ano passado, sendo vendida atualmente a R$ 153,05/saca. No ano passado estava girando em torno de R$ 72,52/saca.
As medidas temporárias foram foram aprovadas ontem (16), durante reunião do Comitê Executivo de Gestão – órgão da Camex responsável por, entre outras coisas, estabelecer o percentual ou valor aplicado no cálculo de um tributo e formular diretrizes da política tarifária na importação e na exportação.
De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a soja em grãos, o farelo de soja e o milho estão entre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil durante o mês de setembro, junto com o açúcar de cana em bruto e a carne bovina in natura.
Somados, os cinco produtos representam mais da metade (55,4%) de toda a exportação nacional mensal – que foi 4,8% superior ao resultado do mesmo mês de 2019.
Além disso, a soja em grãos ocupa o topo do ranking dos produtos exportados que o país vendeu para outras nações entre janeiro e setembro, com um acréscimo de US$ 5,9 bi em relação ao período anterior, o que representa um ganho da ordem de quase 28%.
Arroz
No começo de setembro deste ano, o governo já havia adotado medida semelhante em relação ao arroz em casca e beneficiado, cujo imposto de importação foi zerado até 31 de dezembro deste ano. A alta do preço incentivou a medida. Em alguns lugares do país o pacote de arroz chegou a custar mais de R$ 40 reais. Veja mais aqui sobre esse assunto.