Para garantir investimentos e ampliação de mercado, indústrias de Mato Grosso precisam se adequar às práticas sustentáveis, diminuindo o impacto ambiental e se adequando à economia verde. A adoção de práticas de ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em tradução), foi discutida pelo Instituto Amazônia+21, lançada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) nesta quinta (30).
O Amazônia+21 está sob a gestão do presidente de Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Marcelo Thomé. Segundo ele, a indústria que não se adaptar ficará de fora da comercialização de produtos com o mercado internacional, incluindo Estados Unidos, países da Europa e outros.
“Deixou de ser uma escolha e passa a ser uma urgência, a preparação das indústrias e os empreendimentos para atender os critérios ESG. É determinante para manter um negócio competitivo, acessando crédito e aos consumidores”, alerta. Tudo porquê, segundo Marcelo, o consumidor mudou a sua forma de consumir.
“Isso força as empresas a migrarem para o modelo produtivo de baixa emissão de carbono e sem dúvida que o bioma amazônico hoje, oportuniza pelo percentual expressivo que ela tem de biodiversidade as melhores oportunidades para uma indústria mais sustentável” disse ao Mato Grosso Econômico.
Será criado um selo da Amazônia +21, que traduzirá para o consumidor que aquele produto que está comprando possui processos industriais íntegros com rastreabilidade e boas práticas sustentáveis. Dada as circunstâncias e tendências, Marcelo enfatiza a importância das empresas se adequarem à economia verde.
“Estamos vivendo agora uma crise hídrica, que não é só Mato Grosso ou Rondônia, é o Brasil inteiro, mas ao mesmo tempo, sabemos que não podemos deixar de crescer, a economia não pode parar e precisa de desenvolvimento”, exemplifica Marcelo.
O Mato Grosso Econômico ouviu também, em coletiva, o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, que disse que as indústrias de Mato Grosso estão se preparando para a economia verde, com práticas sustentáveis de ESG. Para isso, os maiores bancos privados já estão estudando linhas de crédito específicas para indústrias que tenham práticas ESG.
Recentemente Gustavo falou sobre a tendência de ESG em Mato Grosso. Veja mais aqui
“O primeiro papel do Instituto Amazônia +21 é garantir não só que essas exigências estejam na mesa de negociação, mas também que haja apoio para as empresas e para as cadeias produtivas, que querem realmente entrar nessa agenda de sustentabilidade”, afirma.
Além disso, os produtores e empresários vão poder contar com o Instituto Ação Verde. “Faz quinze anos no ano que vem, e que já tem muitos serviços prestados às empresas, às indústrias, ao agronegócio na área de sustentabilidade. O Instituto Amazônia +21 vai cuidar de toda a região amazônica, mas vai ter uma parceria preferencial aqui em Mato Grosso. O Instituto Ação Verde, já está decolando em plena velocidade de cruzeiro, porque os projetos que nós temos aqui tem total aderência com esses que vão ser replicados em muitos estados da Amazônia Legal”, completa Gustavo.
A Amazônia Legal é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
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