Para finalizar a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá deverão ser gastos mais R$ 602 milhões por parte dos cofres públicos. O estado ainda não decidiu se a construção será retomada. O metrô de superfície deveria ter ficado pronto a tempo da Copa do Mundo de 2014. No ano passado, o consórcio pediu mais R$ 1,1 bilhão para entregar o modal de transporte. O governo, porém, se negou a pagar o aditivo sem antes contratar um estudo sobre o que já havia sido feito e o que ainda estava por fazer em relação ao VLT. O impasse acabou indo parar na Justiça Federal, que determinou que uma empresa fizesse uma consultoria sobre a implantação.
A KPMG, empresa responsável pelo estudo de quanto deve ser gasto, constatou que o Consórcio VLT não apresentou projeto básico de desapropriação, como previsto em contrato, tendo entregue somente um traçado geométrico do estado, apesar do governo ter pago o projeto básico. No geral, as desapropriações, aponta o estudo, não terão grande impacto no andamento de retomada da obra, caso isso ocorra. Porém, dois pontos poderão ser críticos: a ponte do Rio Coxipó e a área localizada no Centro Histórico de Cuiabá.
A estimativa é que sejam gastos R$ 42 milhões em indenizações de áreas que ainda deverão ser desapropriadas. Já foram liberadas 138 áreas, enquanto 220 ainda precisam ser desocupadas.
Estudo
A consultoria deverá ficar pronta e ser entregue no mês de março, e deverá conter a viabilidade financeira do VLT, o cronograma de término das obras, a estimativa de demandas de operação pelos próximos 20 anos, a proposta de integração do modal à matriz de transporte de Cuiabá e Várzea Grande e o cronograma de desembolso do estado para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos.