O controle de parasitas como verminoses, carrapatos, mosca do chifre, entre outros, são grandes vilões da pecuária nacional. Responsáveis por causar prejuízo na casa de US$ 14 bilhões, esses invasores devem ser controlados de forma eficaz dentro das fazendas.
Como o diagnóstico dessas doenças nem sempre é fácil, já que os parasitos são internos e se manifestam, geralmente, de forma subclínica, seu tratamento é muitas vezes negligenciado, o que acaba por comprometer a produtividade da fazenda.
Muitos pecuaristas aproveitavam o período de vacinação contra a febre aftosa para realizar vermifugações, mas com o fim da obrigatoriedade da imunização em alguns estados, é possível que o controle estratégico de parasitas seja negligenciado. “O pecuarista não pode deixar de realizar esse manejo, pois prejudica o bem-estar e produtividade do rebanho, além de impactar diretamente na rentabilidade, pois ele terá que investir mais no tratamento desses animais”, disse o gerente técnico de Bovinos da Zoetis, Elio Moro.
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O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, sendo responsável por cerca de 15% da produção global de carne bovina e por 20% das exportações mundiais. Em 2022, o Brasil exportou mais de 2,26 milhões de toneladas de carne bovina, gerando uma receita de cerca de US$ 13 bilhões. Além disso, o setor pecuário é responsável por cerca de 30% do PIB do agronegócio brasileiro, que representa cerca de 21% do PIB total do País.
“Precisamos assegurar que todos os animais do desmame aos 24 meses estejam dentro do programa de controle estratégico de verminose 5-8-11 ou 5-11 que consiste na aplicação vermífugos eficazes de maio, agosto e novembro”, destaca o especialista. “O produtor que está atento, que cuida do aspecto sanitário do rebanho, que tem o calendário vacinal e vermifugação em dia, conseguem se destacar no mercado”, finaliza Elio.