Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na última segunda-feira (20), mesmo com a redução no abate de matrizes, a presença de novilhas de corte tem mantido o ritmo elevado de abate de fêmeas em Mato Grosso. Em setembro de 2025, as fêmeas representaram 44,03% do total abatido no estado.
Na comparação com agosto, o volume de fêmeas enviadas aos frigoríficos recuou 4,14%. De acordo com o Imea, “apesar dessa redução mensal, a intensidade do recuo foi menor que a observada no mesmo período do ano passado, quando a queda havia sido de 14,82%”.
No acumulado de 2025, a participação de fêmeas está 6,81 pontos percentuais acima do registrado no mesmo intervalo de 2024, o que, segundo o instituto, indica “uma oferta ainda robusta, especialmente de novilhas terminadas”. Essa elevada participação tem exercido pressão sobre as cotações do boi gordo ao longo do ano.
O Imea avalia que, embora haja expectativa de ajustes positivos nos preços no final do quarto trimestre, “movimentos expressivos de alta no curto prazo não são esperados”, já que o volume de fêmeas terminadas ainda se mantém em patamar elevado.
MERCADO – De acordo com a análise do informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, o preço do boi gordo apresentou alta em São Paulo. As escalas de abate dos frigoríficos permaneceram confortáveis até o final do mês, mas com oferta mais restrita, predominantemente vinda de confinamentos. O escoamento consistente da carne contribuiu para manter o equilíbrio do mercado. Nesse contexto, as cotações para o “boi China” subiram R$ 2,00 por arroba, enquanto o boi comum teve valorização de R$ 1,00 por arroba em relação ao dia anterior.
Em Mato Grosso, a cotação do boi gordo registrou alta de R$ 3,00 por arroba na região Sudoeste, mantendo-se estável nas demais localidades do estado.
No Tocantins, a oferta de bovinos prontos para abate permaneceu limitada. Após o aumento registrado em todas as categorias no dia anterior, as cotações mantiveram estabilidade. (Agrolink)
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