Com o objetivo de entender os impactos da Pandemia no atual cenário econômico com a população na cidade de Cuiabá-MT, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), através de seu núcleo de inteligência de mercado, realizou uma análise estruturada por Blocos de Temas relacionados ao Comportamento dos respondentes do presente estudo.
A primeira etapa da pesquisa foi para identificar a relação do entrevistado com a COVID-19. O perfil dessas pessoas ficou dividido, sendo 50% feminino e 50% masculino, assim como a idade de cada um deles, 25% geração dos Baby Boomers (acima de 56 anos), 22,5%, geração X (de 41 a 55 anos), 27,5% Geração Y (26 a 40 anos), 25% Geração Z (de 18 a 25 anos).
Com relação a profissão, 43% dos que responderam as perguntas eram funcionários de empresas privadas, 19% prestador de serviço, autônomo e profissional liberal, 12,7% funcionário público, 8,9% aposentado, 5% estudante e 11,4% se enquadravam em outras categorias.
Para o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, "a intenção da entidade nesta edição da pesquisa é sentir e entender alguns aspectos do comportamento da população local neste período de Pandemia. Os receios, medo e dificuldades que têm passado, além de sugestões que possam viabilizar ações e ferramentas de aprimoramento para retomada e manutenção das atividades econômicas".
Medidas de Prevenção
Em relação ao uso de equipamentos de proteção individual, 96,5 % dos entrevistados responderam estar usando máscara diariamente ao sair de casa e 95% dizem usar álcool em gel 70.
Já sobre o distanciamento social, 85% disse ter mantido distância dos familiares/amigos que moram em outras residências. Desse resultado, a maioria dos entrevistados são da geração – baby boomers (acima de 56 anos) e da geração X (de 55 anos a 41 anos) 83,3%.
Outra medida de prevenção abordada na pesquisa, foi se os entrevistados tem usado diariamente o transporte público para sair de casa (trabalho ou outro motivo). 63,7% disseram que estão evitando utilizar.
Visão X Conhecimento
No total, 91,2 % discordam ter parentes, conhecidos e ou amigos que contrariam a COVID (último mês), 60,3% discordam com a afirmativa do medo ter aumentado ao sair de casa e 50,8% dos entrevistados disseram conhecer pessoas (próximas) que perderam o emprego.
"É importante monitorarmos esses dados de forma constante, pois trata-se de um momento de incertezas e insegurança que pode alterar o comportamento da população de acordo com a evolução positiva ou negativa do período. Evolução da cura ou propagação da doença, além da estabilidade ou instabilidade econômica do país. Estamos trabalhando e torcendo muito para que esses aspectos evoluam positivamente e que à normalidade possa ser logo restabelecida", declarou o superintendente.
Trabalho X Renda
Sobre se concorda que esteja frequentando normalmente seu local de trabalho, 56,2% dos entrevistados responderam que sim. Enquanto que 56,3% dos entrevistados concordaram com a afirmativa que a renda familiar reduziu.
Dentre os colaboradores da iniciativa privada, 44,2% relataram que a família perdeu renda, já entre os prestadores de serviço, autônomos e profissionais liberais o percentual atingido ficou em 60%, já entre os aposentados o percentual atingiu 71,5%.
"A crise é nítida e já sentida pela população, a perda de renda atinge a todas as classes. É uma luta diária pela manutenção e geração de renda. Sem renda a economia não gira, por isso existe um papel importante de conscientização junto a população quanto as medidas de biossegurança para que não seja aumentado os casos de Covid-19 e de outro lado o papel de entes públicos e privados que possam de fato gerar ações e mecanismos que cheguem a quem precisa, dentre estes destaco o crédito facilitado", avalia Granja.