Grupo de pesquisadores propõe uma contribuição emergencial que taxe renda dos mais ricos para sustentar programa aos mais pobres sem evitar o desequilíbrio das contas públicas.
A Rede de Pesquisa Solidária começou a trabalhar em abril e tem produzido boletins semanais com os resultados de seus estudos. Pesquisadores da Universidade de São Paulo e de instituições como o Cebrap participam da iniciativa.
Conforme estimativa dos especialistas, prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 pago aos trabalhadores de baixa renda se tornará inevitável. Com isto, União deverá buscar outras maneiras para financiá-lo.
Pesquisadores monitoram as políticas públicas aplicadas no combate à pandemia e reúnem pessoas de instituições acadêmicas públicas e privadas.
Dos R$ 152 bilhões destinados ao auxílio, Governo já gastou R$ 75 bilhões para pagar as duas primeiras parcelas do benefício. Lei decretou o pagamento por três meses. Dados da Caixa Econômica Federal apontam que foram 58 milhões de beneficiários.
Instituição Fiscal Independente, vinculada ao Senado, estimou no início de maio que o custo do programa poderá atingir R$ 154 bilhões com o cadastramento de novos beneficiários e o agravamento da crise econômica.
Estudo apontou que a prorrogação por mais três meses custaria R$ 40,5 bilhões por mês. Por isso, a necessidade de procurar outras maneiras para aportar o benefício.
Contribuição atingiria pessoas com alíquotas de 10% a 20% para os que tiverem renda mensal superior a R$ 15,6 mil. Cálculo aponta que novo imposto permitiria arrecadar R$ 142 bilhões em um ano.