De acordo com o relatório semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em junho, a comercialização de soja da safra 2024/25 alcançou 81,93% da produção estimada. Assim, as negociações da atual temporada apresentaram avanço de 5,92 pontos percentuais (p.p.) em comparação ao mês anterior. Esse progresso nas vendas esteve atrelado à necessidade de liberar espaço nos armazéns, em função do avanço da colheita de milho no estado.
“Além disso, a valorização no preço médio mensal do grão motivou os produtores a negociarem grandes volumes, contribuindo para o maior avanço. No que tange ao preço médio mensal, este fechou em R$ 112,22/sc, aumento de 1,43% ante o mês passado”, explicam os analistas do Imea.
Quanto às vendas de soja da safra 2025/26, no mesmo período de análise, atingiram 17,50% da produção estimada, alta de 3,35 p.p. ante o mês anterior, estimulada pela intenção dos produtores em travar os custos para a próxima temporada. “Cabe destacar que as vendas futuras estão 2,67 p.p. abaixo do registrado no mesmo período da safra passada. Por fim, o preço médio da safra 2025/26 encerrou em R$ 106,73/sc, queda de 4,64% ante ao mês anterior”, completam os analistas.
PRODUÇÃO – A oferta de soja para a safra 2025/26, em Mato Grosso, foi projetada em 48,55 milhões de toneladas (t) neste mês de julho, alta de 0,41% em relação ao mês anterior.
Esse avanço é atribuído ao crescimento mensal de 17,24% no volume do estoque inicial, estimado em 1,36 milhão de t. No que se refere à demanda pela oleaginosa, a estimativa foi fixada em 47,61 milhões de t, representando um aumento de 0,36% em relação à projeção anterior, impulsionado pela maior perspectiva no consumo interno.
Desse modo, o consumo de Mato Grosso apresentou um incremento de 1,30% quando comparado a jun/25, ficando projetado em 13,24 milhões de t. Esse crescimento está atrelado ao aumento na mistura obrigatória de biodiesel no diesel, fator que tende a elevar a demanda das indústrias esmagadoras no estado. Já no que tange ao escoamento mato-grossense para a temporada 2025/26, as exportações foram mantidas em 29,83 milhões de t. Por fim, o estoque final foi projetado em 0,94 milhão de t, aumento de 3,28% ante a previsão anterior.
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