O plantio da soja da safra 2022/23 atingiu 100% da área estimada, conforme informações do boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), como já noticiado ontem pelo MT Econômico. As chuvas na reta final de novembro favoreceram grande parte das lavouras do Estado, principalmente as que se encontravam em situação de alerta, mas não aceleraram a ocorrência de ferrugem asiática.
Segundo o Programa de Prevenção e Controle de Pragas de Importância Econômica do Indea, por enquanto, não houve registro de ocorrência de ferrugem asiática durante o plantio. Os dados são colhidos pelos fiscais em campo ou informados pelos produtores rurais à autarquia.
O prazo da semeadura encerra em 31 de dezembro, conforme estabelecido pela Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea n.º 001/2021, para prevenção e controle da ferrugem asiática da soja em Mato Grosso, em vigor devido à suspensão da Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea nº 002/2021, por ordem judicial.
A normativa também proíbe semear soja em sucessão à soja, na mesma área, no mesmo ano agrícola.
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“Somos o único estado do país a ter um painel de acompanhamento online, disponível no site oficial, para o monitoramento e controle das pragas de importância econômica. Além de um mecanismo próprio, também integramos o Consórcio Antiferrugem, um painel de monitoramento fruto da parceria público-privada no combate à ferrugem asiática da soja”, explicou o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Na safra passada 2021/22, Mato Grosso registrou 262 casos de ferrugem asiática. Os fiscais do Indea colheram 553 amostras e 49,3% delas apresentaram o fungo causador da praga. Das 272 amostras, 10 eram muito severas, 26 severas, 19 moderadas, 168 leves e 49 apresentaram desfolha.
CADASTRO DOS PRODUTORES – Após o término do plantio, todos os produtores devem cadastrar suas Unidades de Produção junto ao Indea, de forma online ou presencial, até, no máximo, dia 15 de fevereiro, e controlar a ferrugem asiática da soja utilizando fungicidas registrados.
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