A semeadura do algodão da safra 2024/25, em Mato Grosso, está desacelerada em comparação com os últimos anos, apontam os analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Até a última sexta-feira (24), 28,57% da área projetada para a cultura havia sido semeada, representando um avanço semanal de 9,23 pontos percentuais (p.p.). Quando comparada com a safra 2023/24, a semeadura se encontra atrasada em 48,48 p.p., enquanto está 24,37 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos.
No que tange às regiões, a sudeste é a mais avançada, com 52,48% da semeadura concluída, enquanto a oeste é a mais atrasada, com 16,82%.
“O cenário observado está ligado, principalmente, ao clima chuvoso no estado nos últimos dias, o que tem prolongado o ciclo da soja e prejudicado o avanço da colheita. Assim, como consequência, a semeadura do algodão também se encontra em ritmo mais lento. Por fim, as condições climáticas serão cruciais para o andamento dos trabalhos a campo nos próximos dias, visto que, em muitos municípios, os produtores estão no aguardo de melhores condições para iniciar a colheita da oleaginosa e a semeadura do algodão”.
ESTIMATIVAS – O Imea revisou a área do algodão em Mato Grosso para a safra 2024/25. A área do algodão a ser cultivada ficou projetada em 1,54 milhão de hectares, redução de 1,79% quando comparado com o relatório de novembro/24. O cenário é pautado pelas condições climáticas, principalmente por conta do atraso na semeadura da soja, que pode estender os períodos de colheita e prejudicar a semeadura do algodão dentro da janela ideal.
No entanto, como destacam os analistas, no comparativo com a área cultivada na safra 2023/24, as estimativas indicam aumento de 4,99%. A previsão de incremento na área ainda é sustentada pela rentabilidade do algodão mais atrativa em relação à outras culturas de segunda safra.
Pelo lado da produtividade, a média ponderada das produtividades das últimas três safras ficou em 284,34 @/ha de algodão em caroço. “Cabe destacar que a metodologia segue sendo utilizada pois os fatores que definem o rendimento das lavouras ainda não são conhecidos, como as condições climáticas e o período da janela ideal de plantio. Dessa forma, considerando os ajustes apresentados, a produção de algodão em caroço ficou estimada em 6,55 milhões de toneladas, aumento de 2,34% em relação à safra 2023/24. No tocante à produção de pluma, esta ficou projetada em 2,72 milhões de toneladas, 2,36% superior à safra passada”, explicam os analistas.
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